Elementos da causalidade em Hume a partir de um possível debate com Kant
Palabras clave:
Entendimento, Causalidade, ImaginaçãoResumen
Kant pretende refutar a solução de Hume para o problema da causa e efeito na Crítica da Razão Pura, na Segunda Analogia da Experiência, na qual ele afirma que a relação de causa e efeito é uma condição necessária da experiência, portanto uma relação objetiva e não subjetivamente constituída. Trata-se de uma resposta direta àquilo que foi caracterizado como o centro da conclusão humiana, segundo a qual essa relação tem origem numa simples necessidade subjetiva. O problema colocado por Hume, entretanto, comporta, ainda, uma outra dimensão, normalmente caracterizada como “o problema da indução”. Quanto a esse, os comentadores da filosofia kantiana se dividem no entendimento de se Kant respondeu à filosofia humiana também na Segunda Analogia, ou se dependia diretamente dos argumentos expostos na Crítica do Juízo. Uma discussão desse tema envolve uma série de aprofundamentos. No que tange à filosofia kantiana, questões como a decorrência, ou não, do princípio “das mesmas causas os mesmos efeitos” do que estabelece que “todo evento tem uma causa”, por exemplo, merecem um olhar mais detido. Este artigo pretende, contudo, preparar alguns aspectos da filosofia humiana que determinarão as respostas que Kant tenha dado, ou não, aos problemas colocados pela mesma ou, até mesmo, a possibilidade, ou não, de fazermos uma defesa da consistência da filosofia humiana ante a suposta refutação kantiana. Nesse sentido, a bi-implicação entre o problema da causalidade e da indução, entre as definições natural e filosófica de causa, o estatuto do hábito e a diferença entre o hábito enquanto tal e os hábitos particulares assentados nele, bem como a presença de um juízo de reflexão em Hume, serão algumas das temáticas a serem discutidas, a fim de que se possa ponderar de forma mais adequada o sentido efetivo da análise humiana acerca da causa e efeito.Descargas
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