Edições anteriores

  • Novos olhares sobre a guerra fria a partir da África, Ásia e América-Latina: complexas geografias das conexões e multipolaridades
    v. 11 n. 28 (2022)

    O período conhecido como Guerra Fria é normalmente compreendido por um cenário internacional composto de maneira bipolar, com duas grandes esferas de influência, Estados Unidos da América (EUA) e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Este dossiê pretende integrar de maneira ampla novos cenários internacionais que fogem das análises generalizantes que se desenvolvem em nome da regularidade e das continuidades históricas. Propomos, através deste Dossiê, abrir nossos horizontes analíticos para a compreensão de casos históricos específicos de África, Ásia e América Latina, e que revelam um cenário internacional complexo e diversificado, considerando, sobretudo, o agenciamento de homens e mulheres africanos/as, asiático/as e latino-americano/as, revelando temas e fontes históricas que vem sendo cada vez mais debatidos pela historiografia Brasileira.

  • Caminhos para o estudo da disciplinarização da História na América-Latina
    v. 11 n. 27 (2022)

    O dossiê temático “Caminhos para o estudo da disciplinarização da História na América-Latina” reunirá pesquisas em torno da escrita da história que levem em consideração a constituição da própria disciplina no continente em diálogo com outras partes do globo. Pode-se circunscrever redes intelectuais, recepção de livros, organização de instituições e a própria narrativa produzida pelos historiadores e pelas historiadoras. Tendo em vista que a história da disciplina de história se confunde com a história da educação, também há a possibilidade de pesquisas que interroguem sobre o ensino e como ele modificou aspectos da historiografia acadêmica. Recebemos propostas analíticas as mais diversificadas, tendo em vista que o problema enfrentado pelo dossiê se posiciona a partir de um viés multidirecional. Essa situação sinaliza que ainda somos carentes de pesquisas acerca da história disciplinar, muitas das vezes tomada em um sentido de somenos importância atualmente. Pesquisas como as aceitas por esta proposta de dossiê podem tornar mais evidente certa consciência histórica acerca do nosso próprio ofício, o que oferece condições de inovação e de atualização, abrindo espaço para que esse objeto clássico da história da historiografia seja abordado por meio de direcionamentos mais contemporâneos.

  • Espaços-tempos, saberes e vivências Kanhgág (Kaingang)
    v. 10 n. 26 (2021)

    Edição Especial

     ESPAÇOS - TEMPOS, SABERES E VIVÊNCIAS KANHGÁG (KAINGANG)

    O povo originário Kanhgág (kaingang) é habitante antigo de grandes territórios onde atualmente ficam os Estados brasileiros conhecidos como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Com mais de 100 comunidades espalhadas por estes espaços, é o povo indígena mais numeroso no sul do país. Juntos, compartilham, além da língua materna, modos de enxergar, ensinar e viver o mundo de forma diversa dos não Kanhgág.

    Pensando no povo Kanhgág e em suas formas de relação com o mundo, a edição nº26 da Revista Latino-Americana de História (RLAH), apresenta edição especial com 9 artigos que estão inseridos e/ ou apresentam  pontos de vista e modos de ser Kanhgág, através da história, educação, sociologia, linguística, psicologia, antropologia, direito e geografia

    Desse modo, essa edição pretende valorizar o povo Kanhgág, sua identidade, seus valores, seus conhecimentos e modos de viver, ensinar e aprender.

    Coordenador:

    Dr. Bruno Ferreira

    Professor e formador kaingang, historiador

    Doutor e Mestre em Educação – FACED/UFRGS

  • Retroescavadeira abre vala coletiva em cemitério público na zona oeste de Manaus , Foto de Michael Dantas/AFP, 21 de abril de 2020

    Do medo das doenças à morte coletiva
    v. 10 n. 25 (2021)

    Do ponto de vista individual, as doenças e as epidemias são tanto fenômenos biológicos, que modificam o organismo, quanto sociais, que interferem na existência humana.  No aspecto coletivo, as doenças e as epidemias são fenômenos que provocam reações em defesa da vida como espécie e da sociedade. Desta maneira, a doença é ao mesmo tempo processo natural e sociocultural.

     Um antigo diálogo com o medo sempre uniu as pessoas consideradas individualmente, pertencentes a uma comunidade ou a civilização inteira. Doenças como lepra, peste e tuberculose são evidências históricas geradoras de medo coletivo. Hoje, um mesmo medo congrega as pessoas.  Enquanto a ciência se esforça na pesquisa de uma vacina ou de um fármaco antiviral, o vírus COVID19 se espalha, causando mortes e sofrimento, da mesma maneira em que em épocas pregressas houve o acometimento de jovens na gripe espanhola, as trágicas sequelas da poliomielite, a gripe H1N1 e os desdobramentos da SIDA.

    Essas doenças são consideradas eventos naturais e sociais que podem interferir em várias áreas, seja na biologia, demografia, economia e no direito, mas que a historiografia pouco ou não, suficientemente se ocupou. O motivo talvez seja que o esforço de tornar os eventos históricos compreensíveis e racionais venha a se defrontar com situações inesperadas que são as epidemias, e que são acompanhadas por questionamentos, angústia e medo.

    Esse dossiê, é mais um esforço de trazer à luz da interpretação o fenômeno do medo das doenças.

  • Vol.8 . No 22 (2019): Alimentação: História, Cultura e Patrimônio

    Esse dossiê apresenta artigos que visam discutir em torno dos hábitos e das culturas alimentares, tema que adquiriu grande espaço na sociedade e na academia, sendo a história e a memória em torno da mesa e da comida temáticas que aparecem em diversos contextos e diversas narrativas. Neste sentido, os trabalhos dialogam com as várias possibilidades de abordagens que se apresentam para os estudos de pesquisadoras e pesquisadores da alimentação: as práticas, as representações, os imaginários, as sensibilidades e as sociabilidades; os intercâmbios culturais; a construção das cozinhas nacionais e regionais; a memória e a patrimonialização; as questões de gênero, classe e raça; a constituição do discurso e do campo da gastronomia, entre outras.
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