Revolução Farroupilha: Representações e Livros Didáticos: algumas considerações.
DOI:
https://doi.org/10.4013/rlah.v2i6.179Palavras-chave:
Ensino de História. Livro Didático. Era Vargas.Resumo
Neste trabalho tem-se como objetivo analisar as representações da Revolução Farroupilha nos livros didáticos nas décadas de 1930 e 1940. Os manuais didáticos estudados são dos autores: Rocha Pombo, Hélio Vianna e Armando Souto Maior. Percebe-se que nas primeiras décadas do século XX era usual no ensino e nos livros escolares o modelo biográfico, em que valores morais e cívicos eram transmitidos por meio de personagens que representou uma característica da história ensinada. Assim, a abordagem do tema visa analisar se existiram relações entre a política nacionalista de Vargas e as políticas públicas educacionais adotadas, principalmente o ensino e o uso do livro de história. A apresentação do movimento deu ênfase especial à “brasilidade” dos gaúchos, á unidade territorial e cultural do Rio Grande ao resto do Brasil, buscando também neutralizar possíveis influências dos países platinos. Em fim, percebe-se que o ensino e o livro de história, no período estudado, respondeu a uma intenção e necessidade do governo central de mostrar-se como um poder forte, centralizado e unificado, e os heróis nacionais como modelos de patriotismo e identidade nacional.