CORPORATIVIZAÇÃO DA INDÚSTRIA CEREALÍFERA NAS REGIÕES COLONIAIS PORTUGUESAS
O CASO DE ANGOLA NA DÉCADA DE 1930
DOI:
https://doi.org/10.4013/rlah.2022.1127.11Palavras-chave:
Estado Novo Português, Corporativismo, Agricultura, Industria CerealíferaResumo
O Estado Novo Português pautou-se logo de início pela sua auto-caracterização como um Estado Corporativo, como descrito na Constituição de 1933. Foram inúmeros os esforços legislativos levados a cabo pelo regime numa tentativa de organizar a economia portuguesa sob os moldes corporativos que eram observados nos demais estados totalitários europeus. As regiões ultramarinas, como parte integrante do império português e consequentemente da República Portuguesa, foram também alvo de processos legislativos que procuraram transformar os vários sectores de atividade económica levados a cabo nestas regiões e organiza-los sob os mesmo moldes que eram empregues na metrópole. Este trabalho foca-se no sector cerealífero Angolano e nos esforços de corporativização levados a cabo ao longo da década de 30 do século XX, com o objetivo de perceber de que forma os moldes corporativos se encaixavam nesta região ultramarina, através da análise de diplomas legais e da revista Portugal Colonial.
Referências
Diplomas Legais:
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