Experiências de exceção - Notas sobre o racismo de Estado em Foucault
Palavras-chave:
Estado de exceção, racismo de Estado, produção do anormal.Resumo
Nosso objetivo neste texto é fazer uma conexão entre os conceitos Estado de exceção em Agamben e racismo de Estado em Foucault. Ambos os conceitos nos possibilitam pensar experiências de exceção. Lançamos mão de dois casos para ilustrar nosso argumento: um é o Hospital Colônia de Barbacena-MG, o outro é o campo de Dachau-DE. A essas reflexões, acrescentamos a importância da produção do anormal tal como proposta por Foucault. Por último, argumentamos que a produção do anormal favorece o exercício da violência sobre a vida nua.Downloads
Referências
AGAMBEN, G. 2004. Estado de exceção. Homo sacer II, I. Trad. de Iraci Poleti. São Paulo: Boitempo.
______. 2002. Homo sacer. O poder soberano e a vida nua I. Trad. de Henrique Burigo. Belo Horizonte: UFMG.
ARBEX, D. 2013. Holocausto brasileiro. São Paulo: Geração.
BENJAMIN, W. Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1985.
BERNARDES, C. R. O. 2013. Racismo de Estado: uma reflexão a partir da crítica da razão governamental de Michel Foucault. Curitiba: Juruá.
CANDIOTTO, C. 2012. Biopoder e racismo político: uma análise a partir de Michel Foucault. Interthesis, Florianópolis, v. 9, n. 2, p. 20-38, jul-dez.
CASTELO BRANCO, G. 2004. O racismo no presente histórico. A análise de Michel Foucault. Kalágatos, Fortaleza, v. 1, n. 1, p. 129-144, jan-jun.
______. 2009. Racismo, individualismo, biopoder. Aurora, Curitiba-PR, v. 21, n. 28, p. 29-38, jan-jun.
CASTRO-GÓMEZ, S. 2007. Michel Foucault y la colonialidad del poder. Tábula Rasa. Bogotá, n. 6, p. 153-172, ene-jun.
DISTEL, B. 1972. Dachau concentration camp. Comité Internacional de Dachau.
FOUCAULT, Michel. 2010a. Defender la sociedad. Trad. de Horario Pons. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica.
______. 2007. El poder psiquiátrico. Tradução de Horacio Pons. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica.
______. 1976. Histoire de la sexualité I. La volonté de savoir. Paris : Gallimard.
______. 2010b. Historia de la sexualidad 1. La voluntad de saber. Tradução de Ulises Guiñazú. Buenos Aires: Siglo XXI.
______. 1997. “Il faut défendre la société”. Cours au Collège de France 1976. Paris : Gallimard.
______. 2008. Los anormales. Trad. De Horacio Pons. Buenos Aires : Fondo de Cultura Económica.
______. 1975. Surveiller et punir. Paris: Gallimard.
______. 2009. Vigiar e punir. Trad. Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes.
TEMPLE, G. C. 2014. Foucault e o racismo biológico estatal. Paralaje. Valparaíso, n. 11, p. 69-81.
TERGOLINA, E. 2015. O estado de exceção a partir da obra de Giorgio Agamben. São Paulo: LiberArs.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Concedo à Controvérsia o direito de primeira publicação da versão revisada do meu artigo, licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista).
Afirmo, ainda, que meu artigo não está sendo submetido para outra publicação e não foi publicado na íntegra em outro periódico e assumo total responsabilidade por sua originalidade, podendo incidir sobre mim eventuais encargos decorrentes de reivindicação, por parte de terceiros, em relação à autoria do mesmo.
Também aceito submeter o trabalho às normas de publicação da Controvérsia acima explicitadas.