As críticas de Leibniz à teoria da percepção de Descartes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/con.2025.211.09

Palavras-chave:

Teoria da Percepção. Mecanicismo. Qualia. Instituição da Natureza.

Resumo

O objetivo desse artigo é tentar responder às críticas feitas por Leibniz à teoria da percepção de Descartes. A primeira dessas críticas concerne às ‘ideias-quadro’ cartesianas. A resposta a esse problema será dada com base na teoria cartesiana da ‘dessemelhança causal’ entre o objeto da percepção e as sensações por ele ocasionadas. A segunda crítica de Leibniz, a saber, a crítica aos qualia, diz respeito à completa desconexão e arbitrariedade entre o conteúdo da representação mental (a ideia) e seu referente material. A resposta a essa crítica será dada através da correlação psicofísica que Descartes chama de ‘instituição da natureza’. Por fim, a terceira crítica de Leibniz refere-se às percepções não-sensíveis. Mostrar-se-á que Descartes postulou a divisão infinita da matéria e, consequentemente, defendeu que os corpos eram constituídos por partes ínfimas, cuja percepção estava totalmente fora do alcance dos nossos sentidos. Essas discussões nos permitirão constatar que, no caso da ‘ideia-quadro’ e dos qualia, Leibniz teria se equivocado em sua crítica e, quanto às percepções não-sensíveis, o filósofo alemão estaria desenvolvendo uma concepção de percepção que seria decorrente de noções presentes na física de Descartes.

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Biografia do Autor

William de Jesus Teixeira, Universidade de Brasília (UnB)

Mestrando em filosofia pela Universidade de Brasília (UnB).

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Publicado

2025-04-27

Como Citar

TEIXEIRA, W. de J. As críticas de Leibniz à teoria da percepção de Descartes. Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253, São Leopoldo, v. 21, n. 1, p. 152–171, 2025. DOI: 10.4013/con.2025.211.09. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/27625. Acesso em: 29 abr. 2025.