Editoriais sobre a pandemia do coronavírus: a modalidade facultativa
DOI:
https://doi.org/10.4013/cld.2021.191.05Resumo
Este trabalho tem por objetivo fazer uma descrição e análise da modalidade facultativa como recurso e estratégia argumentativa no gênero jornalístico opinativo, o editorial. Para isso, recorremos aos estudos relativos à modalização discursiva e à tipologia das modalidades de Hengeveld (2004), que define a modalidade facultativa como aquela referente às capacidades e às habilidades intrínsecas e adquiridas. Assim sendo, foram selecionados 60 editorias, disponibilizados online no site do jornal O Diário do Nordeste, cujo conteúdo abordava os efeitos da pandemia do coronavírus. Após a análise da modalidade facultativa nos editoriais, verificou-se que ocorre, preferencialmente, a não-inclusão [-inclusão] do falante na incidência do valor modal, elegendo orientações modais para o Evento, fazendo com a facultatividade instaurada fosse menos enfática [-categórica] e com enunciados modalizados de forma positiva [+positivo]. Ao instaurar a modalidade facultativa, o editorialista fez uso, majoritariamente, de auxiliares modais, flexionados no presente do indicativo, o que aproxima a modalidade facultativa do aspecto realis, ou no presente do subjuntivo, o que a aproxima do aspecto irrealis. Por fim, concluiu-se a relevância da modalidade facultativa como recurso e estratégia argumentativa, em que esta é engendrada no discurso tendo em vista as intenções e os propósitos comunicativos do editorialista.
Palavras-chave: Modalização Discursiva; Modalidade Facultativa; Argumentação.
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