Autorizações para a circulação feminina na Revista Careta: educação para a vida urbana

Autores

  • Fernanda Costa Frazão UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

DOI:

https://doi.org/10.4013/rlah.v5i15.750

Resumo

Esta é uma análise de perspectiva histórica dos discursos sobre educação das mulheres na revista Careta (1908-1960), periódico da grande imprensa editado no Rio de Janeiro, que fazia circular, dentre os seus enunciados – textos, fotografias, charges – discursos para uma adequação das mulheres ao contexto urbano, de critérios civilizatórios e burgueses. O recorte temporal (1914-1918) faz referência às situações políticas do governo de Wencesláo Braz e da Primeira Guerra Mundial: o critério é o silêncio feminino na negação da participação das mulheres nestas instituições. Constata-se que, estabelecidas relações de poder e força entre gêneros, as determinações de enquadramento para as mulheres eram, por vezes, violentas na medida em que se promovia uma considerável discrepância nessas relações, na distinção social naturalizada para as mulheres, que as relegava à sombra do mundo masculino. Considerados os jogos de força que se estabeleciam nessas relações, leva-se em conta o poder em ação nos corpos, o que ocasionava, por vezes, a resistência como tentativa de enfrentamento das mulheres em situar unicamente no lugar privado que lhes havia sido dado.

Palavras-chave: História da educação feminina. Revista Careta. Educação para a vida urbana.

Biografia do Autor

Fernanda Costa Frazão, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA

Licenciada em Filosofia e Mestre em Educação pela Universidade Federal de São João del-Rei

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Publicado

2016-08-24

Edição

Seção

Dossiê