“O que tu entende cabra podre?”- trabalho e identificação negativa dos trabalhadores de cor no pré e pós-emancipação (Cariri Cearense, 1850 -1900)

Autores/as

  • Ana Sara Ribeiro Parente Cortez Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.4013/rlah.v3i10.300

Palabras clave:

Palavras-chave, Pós-emancipação, trabalhadores de cor, identidade negativa.

Resumen

O caso de Pedro Jozé Baptista, chamado de ‘cabra podre’ e visto como ofensor numa discussão em torno dos dias e horários de trabalho e descanso, aponta para uma discussão patente não apenas no Ceará, mas no Brasil da segunda metade do século XIX: era requisitada uma nova noção de trabalho e um novo tipo de trabalhador, ‘civilizado’. Isso ocorria em razão de no Sul cearense, a noção referente ao trabalho escravo, como aviltante e degradador, influir na percepção dos homens livres sobre as lidas que eles poderiam e deveriam estar vinculados. Noutros termos, os braços do Cariri Cearense estavam inseridos num projeto maior que pensava o trabalhador ideal para o Brasil. Tratava-se de uma discussão que se confundia com a instituição do Brasil enquanto Império, e, assim, procurava expurgar as ‘vicissitudes’ do trabalho escravo no Brasil. Dessa maneira, este artigo pretende analisar o processo de transição da condição de escravizado para a livre e as implicações para a vida dos ex-escravos.

Biografía del autor/a

Ana Sara Ribeiro Parente Cortez, Universidade Federal do Ceará

Professora de História Econômica na Universidade Federal do Ceará - Campus de Sobral. Possui Mestrado em História Social pela Universidade Federal do Ceará, onde também cursa Doutorado. Tem experiência na área de História, com ênfase em História, atuando principalmente nos seguintes temas: escravidão, história social, pesquisa, história e teoria.

Publicado

2014-08-29

Número

Sección

Artigos