AS PEDAGOGIAS DAS ENCRUZILHADAS E O ENSINO DE HISTÓRIA
REFLEXÕES SOBRE AS PERSEGUIÇÕES ÀS RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA
DOI:
https://doi.org/10.4013/rlah.2025.1.5Resumen
O presente artigo tem por objetivo refletir sobre as possibilidades de abordagem das religiões de matriz africana no contexto de ensino de história. Tendo por base a discussão teórico-metodológica, argumenta-se que o chamado giro decolonial, e, em especial, a Pedagogia das Encruzilhadas (RUFINO,2015, 2017, 2019) permite analisar as perseguições religiosas como indícios do colonialismo e racismo que estruturam a sociedade brasileira. Aborda-se, nesse sentido, como as religiões de matriz africana representam temas sensíveis no currículo de ensino de história. Por fim, conclui-se que o ensino dessa questão pode possibilitar o estranhamento e o acolhimento das diferenças bem como a defesa de uma sociedade democrática, plural e inclusiva.
Citas
ABRAMOWICZ, A.; RODRIGUES, T. C; CRUZ, A, C. 2011. A diferença e a diversidade na educação. Contemporânea - Revista de sociologia da UFSCar, v. 2, n. 2: 85-97.
BRASIL.2003. Lei n. 10.639/03, de 9 de janeiro de 2003. Inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira”. Ministério da Educação, Brasília. 2003. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639. htm Acesso em: 26 jun. 2020.
BRASIL. 2008. Lei n. 11.645/08, de 10 de março de 2008. Inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena". Ministério da Educação, Brasília. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm. Acesso em 26 jun. 2020.
BRASIL. 2018. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação, Brasília.. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf. Acesso em: 8 de maio de 2018.
BRASIL, 2004. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Ministério da Educação, Brasília.
BITTENCOURT, C. F. 2018. Reflexões sobre o ensino de História. Estudos Avançados., São Paulo , v. 32, n. 93: 127-149. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script= sci_arttext & pid=S0103-40142018000200127 & lng= en nrm=iso . Acesso em: 30 jul. 2020.
FARIA, A. L. G. et al. (Orgs). 2015. Infâncias e Pós-Colonialismo: pesquisas em busca de Pedagogias descolonizadoras. Campinas: Leitura Crítica.
FONSECA, T, N. L. 2006. História & Ensino de História. Belo Horizonte: Autêntica.
GUIMARÃES FONSECA, S. 2006. História local e fontes orais: uma reflexão sobre saberes e práticas de ensino de História. História Oral, [S. l.], v. 9, n. 1: 125-141 Disponível em: https://www.revista.historiaoral.org.br/index.php/rho/article/view/193 . Acesso em: 12 fev. 2022.
GOMES, N. L. 2018. Raça e Educação Infantil à procura de justiça. Revista e-Curriculum, São Paulo, v.17, n.3: 1015-1044. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/44232. Acesso em: 19 abr. 2020.
ISAIA, A. C. Brasil: três projetos de identidade religiosa. In: C. C. RODRIGUES.; T. R. LUCA.; V. GUIMARÃES. (Orgs.). Identidades brasileiras: composições e recomposições. 1. ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, p. 175-202. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/123650. Acesso em 20 mar. 2022..
LAVILLE, C. 1999. A guerra das narrativas: debates e ilusões em torno do ensino de História. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 19, n. 38: 125-138. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01881999000200006&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 27 jun. 2020.
BALLESTRIN, L. 2013. O giro decolonial e a América Latina. Revista Brasileira de Ciência Política, n. 11, : 89-117. Disponível: https://www.scielo.br/j/rbcpol/a/DxkN3kQ3XdYYPbwwXH55jhv/abstract/?lang=pt#. Acesso em: 20 mar. 2022.
MATTOS, R. S. 2021. Perseguições religiosas e o ensino de história: por uma educação para o diálogo. Educação UNISINOS (ONLINE), v. 25: 1-17. Disponível em: http://revistas.unisinos.br/index.php/educacao/article/view/23536. Acesso em: 21 mar. 2022.
MONTERO, P. 2009. Secularização e espaço público: a reinvenção do pluralismo religioso no Brasil. Etnográfica, Lisboa , v. 13, n. 1: 07-16, maio- 2009 . Disponível em http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0873-65612009000100002&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 21 mar. 2022.
OLIVEIRA, L. F.; CANDAU, V. M. F. 2010. Pedagogia decolonial e educação antirracista e intercultural no Brasil. Educação em Revista, v. 26, n.1: 15-40. Disponível em: https://www.scielo.br/j/edur/a/TXxbbM6FwLJyh9G9tqvQp4v/abstract/?lang=pt. Acesso em 10 fev. 2021.
ORO, A. P. 2013. O atual campo afro-religioso gaúcho. Civitas - Revista de Ciências Sociais, v. 12, n. 3: 556-565. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/civitas/article/view/13015. Acesso em: 20 mar. 2022.
ORO, A. P. O 2006. "neopentecostalismo macumbeiro" . Revista USP, São Paulo, n. 68: p. 319-332, 2006. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/13505. Acesso em: 22 mar. 2022.
PAIM, E. A; SOUZA, O. de. 2018. Decolonialidade e interculturalidade: pressupostos teórico-metodológicos para a educação das relações étnicorraciais no ensino de História. Revista Pedagógica, Chapecó, v. 20, n. 45: 90-112. Disponível em: https://bell.unochapeco.edu.br/revistas/index.php/pedagogica/article/view/4492. Acesso em: 21 mar. 2022.
PEREIRA, N. M.; SEFFNER, F. 2018. Ensino de História: passados vivos e educação em questões sensíveis. Revista História Hoje, Rio de Janeiro, v. 7, nº 13, p. 14-33, jan/jun. 2018; Disponível em: https://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/427. Acesso em: 22 mar. 2022.
PEREIRA, J. S.; MIRANDA, S. R. 2017. Laicização e Intolerância Religiosa: desafios para a História ensinada. Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 42, n. 1: p. 99-120. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-62362017000100099&lng=en&nrm=iso . Acesso em: 26 jun. 2021.
PEREIRA, N. M. Ensino de História e resistência: notas sobre uma história menor. 2018. @rquivo Brasileiro de Educação, v. 5, n. 10: 103-117. Disponível: http://periodicos.pucminas.br/index.php/arquivobrasileiroeducacao/article/view/P.2318-7344.2017v5n10p103. Acesso em: 12 fev. 2022.
PACIEVITCH, C. et al. 2019. A Vida como ela foi:produzindo resistências nas aulas de história. e-Curriculum , São Paulo, v. 17, n. 4: 1626-1647. Disponível em http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-38762019000401626&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 12 fev. 2022.
QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: E. LANDER (Org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais – perspectivas latino-americanas. Buenos Aires, Argentina: Clacso, 2005, p. 107-30.
RUFINO, L. R. 2017. Exu e a Pedagogia das Encruzilhadas. Tese de doutorado (Doutorado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
RUFINO JUNIOR, L R. 2015. Exu e a pedagogia das encruzilhadas: Sobre conhecimentos, educações e pós-colonialismo”. In: VIII Seminário Internacional - As Redes Educativas e as Tecnologias: Movimentos Sociais e a Educação, Rio de Janeiro/RJ. Anais do VIII Seminário Internacional - As Redes Educativas e as Tecnologias: Movimentos Sociais e a Educação. Disponível em:
RUFINO, L. R. 2019. Pedagogia das encruzilhadas: Exu como Educação. Revista Exitus, Santarém/PA, v. 9, n. 4: 262 – 289. Disponível em: https://www.ufopa.edu.br/portaldeperiodicos/index.php/revistaexitus/article/view/1012. Acessmo em 21 mar. 2022.
SEFFNER, F. 2021. Se não agora, quando? A urgência do hoje e a desigualdade como tema no Ensino de História. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 13, n. 33: e0107, Disponível em: https://revistas.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180313332021e0107. Acesso em: 12 fev. 2022.
WALSH, C.; OLIVEIRA, L. F. de; CANDAU, V. M. 2018 Colonialidade e Pedagogia decolonial: para pensar uma outra educação. Archivos Analíticos de Políticas Educativas, v. 26, n. 83: 1-11. Disponível em: <https://epaa.asu.edu/ojs/article/view/3874/21. Acesso em 15 fev. 2021.
WALSH, Catherine. 2009. Interculturalidade crítica e pedagogia decolonial: in-surgir, re-existir e re-viver. In. V. M. CANDAU (Org.). Educação intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009, p. 12-43.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Revista Latino-Americana de História

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
A efectos de publicación, le pedimos a los autores enviar una carta (según el modelo) con la transferencia de los derechos de autoría, así como permitiendo la reproducción del material enviado.
(Modelo - Permiso para reproducir el material)
CORRESPONDENCIA PARA LA TRANSFERENCIA DE DERECHOS DE AUTOR
Estimado Consejo Editorial
Por la presente, nosotros, los abajo firmantes, enviamos el trabajo (título del trabajo), de nuestra autoría, presentado como (modalidad) a consideraron del Cuerpo Editorial de la Revista Latino-Americana, una publicación dirigida y administrada por los estudiantes del Programa de Postgrado en Historia, Universidad de Vale do Río dos Sinos (UNISINOS, Brasil) y que cuenta como unidad académica asociada con el Centro de Estudios Sociales de América Latina (CESAL), de la Universidad del Centro Nacional de la Provincia de Buenos Aires (UNICEN, Argentina) .
En atención a las normas contenidas en las "Instrucciones para la publicación", informamos que el trabajo presentado cumple todos los requisitos especificados en la normativa. Informamos que cedemos los derechos para publicación y reproducción de los originales a la Revista Latino-Americana de História.
Sin más, mantenemos contacto.
Atentamente,
(Lugar y fecha, seguido por N º de DNI y respectivos nombres completos)