O Movimento Sem-Terra na ordem do discurso neoliberal: Uma análise do documentário O Sonho de Rose
DOI:
https://doi.org/10.4013/rlah.v2i6.241Palavras-chave:
Ensino de História, História Agrária, Movimento Sem-TerraResumo
Este artigo pretende discutir o potencial pedagógico do documentário O sonho de Rose como recurso que nos permite (re)pensar as ações do Movimento Sem-Terra e os significados a ele atribuídos no interior de uma Sociedade de Consumidores. Para tal, realizei uma interlocução entre os conceitos utilizados na análise dos modos de vida que têm caracterizado a contemporaneidade realizada por Zygmunt Bauman e algumas ferramentas teóricas desenvolvidas por Michel Foucault em suas investigações acerca do modo como nos constituímos sujeitos no interior de relações de saber e poder. Empreguei o conceito de representação e a noção de discurso para tensionar o modo como têm se instaurado determinadas verdades acerca dos sem-terra em nossos dias. Os resultados obtidos apontam para a ambivalência que tem constituído a identidade dos integrantes do MST nas últimas décadas. O que nos permite (re) pensarmos o ensino de História Agrária de modo a torná-lo mais pertinente a nossos alunos.