O PAPEL DA MULHER NA MANUTENÇÃO DA LÍNGUA KAINGANG NA TERRA INDÍGENA (TI) - APUCARANINHA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/rlah.2021.1026.08

Palavras-chave:

Atitudes linguísticas, Mulheres Kaingang, TI Apucaraninha, Paraná, Língua Kaingang

Resumo

Neste artigo tecemos algumas considerações a respeito das atitudes linguísticas  das mulheres Kaingang, moradores da TI-Apucaraninha, PR. Entendendo a língua como um importante fator de identidade cultural, apresentamos parte dos resultados de uma pesquisa, desenvolvida por uma pesquisadora Kaingang nativa e moradora da aldeia e outra não indígena, que trata a respeito das atitudes das falantes indígenas bilíngues, da já referida localidade, em relação ao uso das línguas Kaingang e Portuguesa, no espaço da aldeia. Para a discussão proposta, trazemos a análise de duas entrevistas, realizadas com falantes bilíngues, moradores da TI. A análise dos dados é sustentada pelos pressupostos teóricos e metodológicos da Sociolinguística, em sua perspectiva macro. Como resultado podemos observar que as atitudes positivas em favor do Kaingang e a relação das mulheres com a língua vem contribuindo para a manutenção e vitalidade dessa língua, um meio de resistência e afirmação de identidade.

Biografia do Autor

Gislaine Domingues, Universidade Estadual de Londrina

Graduada em Letras Vernáculas e Clássicas; Especialista em Língua Portuguesa ; Mestra em Estudos da Linguagem; Doutoranda em Estudos da Linguagem, todos pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Interesse por temáticas voltadas à questão indígena, diversidade étnico-cultural, relação entre língua e sociedade, processo de ensino e aprendizagem em contextos de bilinguismo e multilinguismo, Crenças e Atitudes linguísticas.

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Publicado

2022-01-21