O COMPÊNDIO DE HISTÓRIA DE ROCHA POMBO
O ESPÍRITO AMERICANO, AS MARCAS DO PROCESSO CIVILIZADOR E O PAN-AMERICANISMO
DOI:
https://doi.org/10.4013/rlah.2022.1127.09Palavras-chave:
Espírito americano, Conciliação, Pan-americanismoResumo
Este artigo ambiciona rastrear as principais linhas de força que subsidiaram a escrita do primeiro Compêndio de História da América (1900) publicado no Brasil, de autoria do polígrafo paranaense Rocha Pombo. Acreditamos que a obra do autor esteja imersa em uma espécie de “americanização” da República brasileira. Pretende-se discutir estes temas: o embate na duração entre o “espírito americano” e as “forças autoritárias” movimentadas desde a colonização; as marcas do processo civilizador e o silenciamento das culturas não-ocidentais; por fim, a sua proposta de união pan-americana. A principal tese deste trabalho é que a História de Rocha Pombo suprime a diferença através de uma proposta de conciliação entre passado e presente, não havendo reparação ante os males da conquista/colonização em prol de um pan-americanismo capitaneado pelos EUA.
Referências
Fontes
ARARIPE, T. A. 1894. Indicações sobre a história nacional. RIHGB, tomo 57, parte II, pp. 259-290.
NABUCO, J. 1895. Balmaceda. Rio de Janeiro: Typographia Leuzinger.
ROCHA POMBO, F. 1925. Compêndio de História da América. 2ª edição. Rio de Janeiro, Benjamin de Aguila Editor, 1925.
Referências bibliográficas
BAGGIO, K. G. 1999. A “outra” América: a América Latina na visão dos intelectuais brasileiros das primeiras décadas republicanas. São Paulo/SP Tese (Doutorado em História), Universidade de São Paulo. Disponível em: https://cutt.ly/7bAxHz9 Acesso: 10 mai. 2021.
BETHELL, L. 2010. Brazil and Latin America. Journal of Latin American Studies, vol. 42, pp. 457-485. Disponível em: https://cutt.ly/ybAxBRW Acesso: 10 mai. 2021.
BITTENCOURT, C. 2005. Ensino de história da América: reflexões sobre problemas de identidades. Revista Eletrônica da ANPHLAC, n. 4, vol. 3, pp. 5-15. Disponível em: https://cutt.ly/ebAx0ho Acesso: 10 mai. 2021.
BITTENCOURT, C. 2007. Identidades e ensino de história no Brasil. In: M. CARRETERO, Mário; A. ROSA; M. F. GONZÁLES (orgs.). Ensino da história e memória coletiva. Porto Alegre: Artmed, 2007.
CATROGA, F. 2013. Pátria e nação. In: M. NAXARA, V. CAMILOTTI (orgs.). Conceitos e linguagens, construções identitárias. São Paulo: Intermeios.
DANTAS, C V. 2009. O Brasil café com leite. Debates intelectuais sobre mestiçagem e preconceito de cor na primeira república. Tempo, vol. 13, n. 26, pp. 56-79. Disponível em: https://cutt.ly/3bAx4GK Acesso: 10 mai. 2021.
ELIAS, N. 2011. O processo civilizador. Vol. 1: Uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Zahar.
GOMES, A. C. 2009. A República, a História e o IHGB. Belo Horizonte: Argumentum.
GONTIJO, R. 2003. Manoel Bomfim, “pensador da história” na Primeira República. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 23, n. 45, pp. 129-154. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbh/v23n45/16523.pdf Acesso: 08 abr. 2021.
HALBWACHS, M. 1990. A memória coletiva. São Paulo: Edições Vértice.
KOSELLECK, R. 2006. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC Rio.
LEOPOLDINO, M. A. 2019. Políticas culturais e livros didáticos de História: Rocha Pombo na Capital da República (1897-1929). Revista Brasileira de História da Educação, vol. 19, pp. 2-21. Disponível em: https://cutt.ly/ebAcqMt Acesso: 10 mai. 2021.
MARTINS, W. 1978. História da inteligência brasileira. São Paulo: Cultrix; Editora da USP.
MARTIUS, K. 2010. Como se deve escreve a história do Brasil. In: M. L. S. GUIMARÃES. Livro de fontes de historiografia brasileira. Rio de Janeiro: EDUERJ.
NASCIMENTO, A. 1985, O quilombismo: uma alternativa política afro-brasileira. Afrodiásporas. Revista de Estudos do Mundo Negro, ano 3, n. 6 e 7, abr./dez, pp. 19-40.
PEDRO, A. 2006 A educação como ideal: a obra histórica e didática de Rocha Pombo, 1900-1933. Campinas/SP, Tese (Doutorado em História), Universidade Estadual de Campinas. Disponível em: https://cutt.ly/AbAcyrK Acesso: 10 mai. 2021.
PEREIRA, P. J. R. A política externa da Primeira República e os Estado Unidos: a atuação de Nabuco em Washington (1905-1910). São Paulo/SP, Dissertação (Mestrado em Relações Internacionais), UNESP/UNICAMP/PUC-SP. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/98118 Acesso: 10 mai. 2021.
POLLAK, M. 1989. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, vol.2, n.3, pp. 3-15. Disponível em: https://cutt.ly/3bAcfgi Acesso: 10 mai. 2021.
QUIJANO, A. 2000. Colonialidad del poder y classificacion Social 2000.
RÉ, F. M.. A distância entre as Américas: um leitura do pan-americanismo nas primeiras décadas republicanas no Brasil (1889-1912). São Paulo/SP, Dissertação (Mestrado em Ciência Política), Universidade de São Paulo. Disponível em: https://cutt.ly/obAclqv Acesso: 10 mai. 2021.
SCHWARCRZ, L. M. 1998 Nem preto nem branco, muito pelo contrário: cor e raça na intimidade. In: _____ (org.) História da Vida Privada no Brasil: contrastes da intimidade contemporânea. São Paulo: Cia. das Letras.
SILVA, G. C. 2019. Dos passados heterogêneos ao mosaico continental: pan-americanismo e operação historiográfica no IHGB republicano (1889-1933). Porto Alegre/RS, Tese (Doutorado em História), Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/194606 Acesso: 10 mai. 2021.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista Latino-Americana de História- UNISINOS
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
A submissão de originais para este periódico implica na transferência, pelo (s) autor (es), dos direitos de publicação digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos do periódico sobre a primeira publicação. O (s) autor (es) declara que, em caso de aceitação do artigo, a Revista Latino-Americana de História passa a ter os direitos autorais a ele referentes, que se tornarão propriedade exclusiva da Revista, sendo vedada qualquer reprodução, total ou parcial, em qualquer outra parte ou meio de divulgação, impressa ou eletrônica, sem a citação deste periódico como meio da publicação original. Em virtude de sermos um periódico de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações educacionais e acadêmicas, desde que citada a RLAH como fonte. Informamos que a revista possui a licença Creative Commons Attribution 3.0 License de direitos autorais.
