Capitalismo, Estado e Educação: o tripé de sustentação das permanências históricas da Era Vargas à Base Nacional Comum Curricular

Autores

  • Eduardo Castedo Abrunhosa Universidade Presbiterina Mackenzie
  • Marcelo Martins Bueno
  • Wesley Espinosa Santana Universidade Presbiterina Mackenzie

DOI:

https://doi.org/10.4013/edu.2025.291.18

Palavras-chave:

Políticas educacionais; Estado biopolítico; Neoliberalismo

Resumo

A educação no Brasil, associada à dívida histórica da escravidão e ao processo de colonização, pode ser considerada um fracasso social, responsável por garantir a permanência e até mesmo o avanço das diferenças de oportunidades demarcadas por territorialidades. O Ato e a Potência aristotélica se configuram a partir do desenvolvimento político das classes que têm no Estado o controle das políticas educacionais, num recorte temporal que abrange de 1930 aos dias atuais. A década inicial configura-se como um marco da fundação do Estado biopolítico. A ambivalência entre conservadores católicos e progressistas escolanovistas determina o papel de Getúlio Vargas à frente do governo federal, em que as transformações internas tinham base nos interesses externos da lógica do capital. Da criação do Ministério da Educação e Saúde Pública (MESP) em1931 até a criação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) em2022, o que temos é o disparate das necessidades sociais para a vitória do neoliberalismo e do pacto de classes pela lógica do capital e do capitalismo. Vemos o Ato que se transforma em Potência sob o jugo dos interesses de uma sociedade dos privilégios e de subjetividades neoliberais que conduzem aos interesses de classe e ao individualismo incessante que assola o século XXI.

Biografia do Autor

Eduardo Castedo Abrunhosa, Universidade Presbiterina Mackenzie

Doutor em História Moderna, Contemporânea e da América pela Universidade de Salamanca - Espanha, Doutor e Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2016), Especialista em Gestão de Projetos e Gestão Pública, Graduado em Teologia e História. Atualmente Coordena o Centro Histórico e Cultural Mackenzie e leciona nos cursos de graduação e na pós-graduação. É Diretor de Administração da Diretoria Executiva do Instituto Presbiteriano Mackenzie e Membro Delegado da Cátedra UNESCO - UNITWIN: A CIDADE QUE EDUCA E TRANSFORMA e coordena o eixo de trabalho da Cátedra na UPM.

Marcelo Martins Bueno

Doutor e Mestre em Filosofia Política pelo Programa de Pós-graduação em Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Graduado em Filosofia e em Pedagogia. Professor Titular do Corpo Permanente do Programa de Pós-graduação em Educação, Arte e História da Cultura (PPGEAHC) e Membro do Núcleo de Estudos Avançados (NEA) ambos na Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

Wesley Espinosa Santana, Universidade Presbiterina Mackenzie

Doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Mestre em História Social pela USP (2009), pós-graduado em História, Sociedade e Cultura pela PUC-SP e Gestão Escolar pela UCDB, Bacharel em Sociologia e Política e licenciado em História. Atualmente é professor de História e Sociologia no Centro de Educação, Filosofia e Teologia (CEFT) da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Downloads

Publicado

2025-08-05

Edição

Seção

Dossiê: Docência, cultura e território