O confronto radical entre Nietzsche e Heidegger em relação à superação da metafísica

Autores

  • Olyver Tavares UnB

Palavras-chave:

Metafísica, Nietzsche, Vontade de poder, Genealogia, Heidegger, Dasein, Analítica existencial

Resumo

Nietzsche e Heidegger, os dois mais influentes filósofos da atualidade, sustentaram uma postura claramente contrária à metafísica tradicional como aparece na história da filosofia europeia. Entretanto, Heidegger manteve a tese de que a filosofia da vontade de poder de Nietzsche foi, apesar de tudo, ainda uma filosofia metafísica. Por outro lado, poder-se-ia inferir, através de uma conjectura bastante natural, que Nietzsche rejeitaria também como metafísica a ontologia fundamental de Heidegger. Fica, pois, um enfrentamento entre dois antimetafísicos que se acusam mutuamente de metafísicos. Uma saída para este curioso impasse é dar-se conta de que ambos os pensadores concebem a metafísica de maneira diferente e que, seguindo à risca uma dessas concepções, deve-se forçosamente considerar como metafísica a postura do outro. Disto decorre que a interpretação heideggeriana de Nietzsche não é injusta ou sem cabimento, como às vezes se sustentou, mas rigorosamente correta se aceitas as bases antimetafísicas baseadas na analítica ek-sistencial. De forma semelhante, tampouco seria injusta ou absurda uma interpretação nietzschiana de Heidegger como metafísico, se as bases antimetafísicas baseadas na genealogia naturalista de Nietzsche forem aceitas.

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Publicado

2014-01-28

Como Citar

TAVARES, O. O confronto radical entre Nietzsche e Heidegger em relação à superação da metafísica. Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253, São Leopoldo, v. 8, n. 3, p. 12–32, 2014. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/6937. Acesso em: 30 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos