Viver é um modo teleologicamente constituído de ser
revisitando a continuidade profunda entre vida e mente
DOI:
https://doi.org/10.4013/con.2025.213.10Palavras-chave:
Cognição. Teleologia. Continuidade vida-mente. Agência. Autopoiese.Resumo
O argumento apresentado é que viver é um modo de ser teleologicamente constituído, que todos os sistemas vivos são cognitivos em um sentido básico. A teleologia e seu lugar no estudo dos seres vivos é o ponto de partida. Em seguida, exploro duas teorias minimais específicas da vida individual que vinculam fortemente vida e cognição de uma forma que se opõe às visões de cognição centradas no cérebro: a autopoiese clássica e a abordagem enativa (AE). Pode-se demonstrar que elas divergem quando o tópico naturalização do propósito. Argumento que a vida mínima, de acordo com a abordagem enativa, requer produção de sentido e agência. A concepção enativa da cognição como produção de sentido é então explicada. A partir de requisitos e restrições mínimas para a vida, exploro definições operacionais de cognição e agência que estabelecem agendas empíricas e teóricas para investigações futuras. Mas as noções de agência e cognição às quais se chega ao analisar os requisitos mínimos para a vida são generalizáveis de tal forma que suas caracterizações não implicam vida individual mínima. Agência e produção de sentido podem ser instanciadas em outros sistemas auto-organizados; Um agente cognitivo não precisa, em princípio, ser um indivíduo biológico. A seção final restabelece o que considero ser a pedra angular da profunda continuidade entre mente e vida, não a redução da mente à vida, mas a abertura da vida à flexibilidade, historicidade e dependência de uma trajetória que atribuímos, sem problemas, à mente e à cultura.
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