Quem joga o jogo?
Da dimensão corporificada de spielen e da variedade normativa de habilidades
DOI:
https://doi.org/10.4013/con.2025.213.12Palabras clave:
Cognição corporificada. Jogos de Linguagem. Enativismo. Brandom. Inferencialismo. Pragmatismo.Resumen
Este ensaio explora a polissemia do termo alemão spielen para repensar a metáfora do jogo como recurso filosófico contra o individualismo, o intelectualismo e o internalismo do representacionalismo moderno. Na primeira seção, revisitamos autores neopragmatistas que usaram o xadrez para mostrar o caráter público do significado. Embora útil, essa metáfora do xadrez para pensar as imbricações entre significado e cognição é criticada por nós como limitada: o xadrez pode ser interpretado como um jogo ainda intelectualista, elitista e pouco corporificado. Na segunda seção, propomos o futebol como metáfora mais adequada do knowhow humano. O futebol ilustra uma cognição enativa: regras adquirem sentido nos gestos corporificados, no improviso e nas dinâmicas coletivas. Nele, spielen não é ação isolada, mas movimento auto-organizado que emerge da interação entre corpos, ambiente, equipes e instituições. Na terceira seção, examinamos a pluralidade normativa de spielen em três níveis — biológico, social e moral — concluindo que o futebol evidencia de modo exemplar a natureza orgânica, coletiva e situada da cognição corporificada.
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