Por quê viver entre hifens?

Authors

  • Willian Costa Costa UNISINOS

Keywords:

Agamben, Ética, Filosofia, Forma-de-vida,

Abstract

Neste ensaio filosófico, pretendemos analisar o conceito de forma-de-vida na obra de Giorgio Agamben. Forma-de-vida é um dos conceitos mais desenvolvidos pelo autor, sobretudo, em suas últimas obras e, também, um dos pontos de discussão mais fecundos para se compreender a proposta de Agamben no delineamento de uma ética pautada no viver. A despeito de muitas hipóteses que se construíram em derredor da tese de Agamben, pretendemos sustentar nosso argumento de que forma-de-vida é um conceito entrecruzado, na teoria e na prática, de um entrecruzamento da política, da ética, da linguagem e da ontologia. A questão de fundo que orienta nosso fio condutor pode ser lançada da seguinte maneira: por quê viver entre hifens? Ou expondo de outro modo: por quê o conceito de forma-de-vida pressupõe hifens impressos em seu termo? Discorremos em torno dessa questão-eixo em um único momento, ressaltando como a genealogia do conceito forma-de-vida entrepõe sua historicidade e sua inflexão filosófica.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Willian Costa Costa, UNISINOS

William Costa

Doutorando

References

AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer. Il potere sovrano e la nuda vita. Torino: Einaudi, 1995.

_________________. Mezzi senza fine. Note sulla politica

_________________. L'immanenza assoluta. In: La potenza del pensiero. Saggi e conferenze. Vicenza: Neri Pozza Editore, 2005.

_________________. La potenza del pensiero. Saggi e conferenze. Vicenza: Neri Pozza Editore, 2005.

_________________. Altissima povertá: regole monastiche e forma di vita. Milano: Neri Pozza Editore, 2011.

_________________. Opus Dei: Archeologia dell'ufficio. Homo sacer, II, 5. Torino: Bollati Boringhieri, 2012.

_________________. Stato di eccezione. Torino: Bollati Boringhieri, 2003.

_________________. L’uso dei corpi. Vicenza: Neri Pozza Editore, 2014.

FOUCAULT, Michel. Segurança, território, população: curso dado no Collége de France (1977-1978). São Paulo: Martins Fontes, 2008.

_________________. História da loucura na Idade Clássica. São Paulo: Editora Perspectiva, 2002.

___________________. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro, Ed. Graal. 1979.

___________________. O sujeito e o poder. In H. L. Dreyfus & P. Rabinow (Orgs.), Michel Foucault: uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.

KISHIK, David. Wittgenstein’s form of life: to imagine a Form of Life, I. London, Continuum International Publishing Group, 2008.

____________. Agamben and the coming politics: to imagine a Form of Life, II. California: Stanford University Press, 2012.

LAZZARATO, Maurizio. Signs and Machines: Capitalism and the Production of Subjectivity. MIT Press, 2014.

MILLS, Catherine. The philosophy of Agamben. Montreal: McGill-Queen's University Press, 2008.

MURRAY, Alex. Form-of-life. In: MURRAY, A.; WHYTE, J. (Ed.). The Agamben dictionary. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2011.

RUIZ, Castor M. M. B. Arqueologia do officium: Eichmann, o funcionário e a banalidade da catástrofe: intersecções de G. Agamben e H. Arendt. Philósophos. Goiânia, v. 23, n., 2018.

SCHMITT, Carl. Théologie politique. Paris: Gallimard, 1988.

Published

2019-12-18

How to Cite

COSTA, W. C. Por quê viver entre hifens?. Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253, São Leopoldo, v. 15, n. 3, p. 139–158, 2019. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/18726. Acesso em: 29 apr. 2025.

Issue

Section

Artigos