Por quê viver entre hifens?
Keywords:
Agamben, Ética, Filosofia, Forma-de-vida,Abstract
Neste ensaio filosófico, pretendemos analisar o conceito de forma-de-vida na obra de Giorgio Agamben. Forma-de-vida é um dos conceitos mais desenvolvidos pelo autor, sobretudo, em suas últimas obras e, também, um dos pontos de discussão mais fecundos para se compreender a proposta de Agamben no delineamento de uma ética pautada no viver. A despeito de muitas hipóteses que se construíram em derredor da tese de Agamben, pretendemos sustentar nosso argumento de que forma-de-vida é um conceito entrecruzado, na teoria e na prática, de um entrecruzamento da política, da ética, da linguagem e da ontologia. A questão de fundo que orienta nosso fio condutor pode ser lançada da seguinte maneira: por quê viver entre hifens? Ou expondo de outro modo: por quê o conceito de forma-de-vida pressupõe hifens impressos em seu termo? Discorremos em torno dessa questão-eixo em um único momento, ressaltando como a genealogia do conceito forma-de-vida entrepõe sua historicidade e sua inflexão filosófica.
Downloads
References
AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer. Il potere sovrano e la nuda vita. Torino: Einaudi, 1995.
_________________. Mezzi senza fine. Note sulla politica
_________________. L'immanenza assoluta. In: La potenza del pensiero. Saggi e conferenze. Vicenza: Neri Pozza Editore, 2005.
_________________. La potenza del pensiero. Saggi e conferenze. Vicenza: Neri Pozza Editore, 2005.
_________________. Altissima povertá: regole monastiche e forma di vita. Milano: Neri Pozza Editore, 2011.
_________________. Opus Dei: Archeologia dell'ufficio. Homo sacer, II, 5. Torino: Bollati Boringhieri, 2012.
_________________. Stato di eccezione. Torino: Bollati Boringhieri, 2003.
_________________. L’uso dei corpi. Vicenza: Neri Pozza Editore, 2014.
FOUCAULT, Michel. Segurança, território, população: curso dado no Collége de France (1977-1978). São Paulo: Martins Fontes, 2008.
_________________. História da loucura na Idade Clássica. São Paulo: Editora Perspectiva, 2002.
___________________. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro, Ed. Graal. 1979.
___________________. O sujeito e o poder. In H. L. Dreyfus & P. Rabinow (Orgs.), Michel Foucault: uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
KISHIK, David. Wittgenstein’s form of life: to imagine a Form of Life, I. London, Continuum International Publishing Group, 2008.
____________. Agamben and the coming politics: to imagine a Form of Life, II. California: Stanford University Press, 2012.
LAZZARATO, Maurizio. Signs and Machines: Capitalism and the Production of Subjectivity. MIT Press, 2014.
MILLS, Catherine. The philosophy of Agamben. Montreal: McGill-Queen's University Press, 2008.
MURRAY, Alex. Form-of-life. In: MURRAY, A.; WHYTE, J. (Ed.). The Agamben dictionary. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2011.
RUIZ, Castor M. M. B. Arqueologia do officium: Eichmann, o funcionário e a banalidade da catástrofe: intersecções de G. Agamben e H. Arendt. Philósophos. Goiânia, v. 23, n., 2018.
SCHMITT, Carl. Théologie politique. Paris: Gallimard, 1988.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
I grant the journal Controvérsia the first publication of my article, licensed under Creative Commons Attribution license (which allows sharing of work, recognition of authorship and initial publication in this journal).
I confirm that my article is not being submitted to another publication and has not been published in its entirely on another journal. I take full responsibility for its originality and I will also claim responsibility for charges from claims by third parties concerning the authorship of the article.
I also agree that the manuscript will be submitted according to the journal’s publication rules described above.