A forma-de-vida e a política que vem, em Giogio Agamben
Keywords:
Agamben, Política que vem, Forma-de-vida, Dispositivo.Abstract
O surgimento do monacato cristão como linha de fuga à institucionalização do Cristianismo por Roma, no século III, assim como a recusa (e resistência) da Ordem dos Franciscanos Menores em deter propriedades e viver para além do direito através de uma vida que dê a si própria a sua regra são experiências a partir das quais podemos refletir acerca de outras formas-de-vida, como aponta Giorgio Agamben em Altíssima pobreza e Opus Dei. Ambas experiências monásticas apontam para a consecução da potência do não, que Agamben retoma a partir de Aristóteles como fundamento de uma política que vem, que ofereça linhas de fuga e resistência aos dispositivos de poder aos quais estamos submetidos na modernidade ocidental. Numa sociedade na qual a política foi cooptada pela economia e o dispositivo do consumo segue em sua deriva de captura não apenas do poder de compra dos sujeitos, mas de sua própria noção de “utilidade” e empregabilidade, refletir acerca da profanação monástica é tarefa importante na Filosofia.Downloads
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
I grant the journal Controvérsia the first publication of my article, licensed under Creative Commons Attribution license (which allows sharing of work, recognition of authorship and initial publication in this journal).
I confirm that my article is not being submitted to another publication and has not been published in its entirely on another journal. I take full responsibility for its originality and I will also claim responsibility for charges from claims by third parties concerning the authorship of the article.
I also agree that the manuscript will be submitted according to the journal’s publication rules described above.