Kierkegaard e a função do tédio na existência
DOI:
https://doi.org/10.4013/con.2022.182.07Resumo
Kierkegaard se refere mais detidamente ao tédio (Kjedsomhed) em três momentos distintos: como uma unidade negativa (“O conceito de ironia”), como o princípio do movimento (“Ou-Ou”, primeira parte) e como o demoníaco (“O conceito de angústia”). Apesar de o tédio ser um conceito marginal na obra de Kierkegaard, não significa que seja filosoficamente irrelevante. O propósito deste artigo é mostrar que o tédio desempenha uma função discreta, mas fundamental, no que concerne à atualização do si mesmo (Selv). Defendo a hipótese de que o tédio pode ser compreendido como uma disposição agenciadora que tem como objetivo último o engajamento do indivíduo com a realidade efetiva (Virkelighed). Enquanto o estádio estético responde indevidamente ao tédio – tentando anulá-lo por meio ora do prazer, ora da imaginação e ora da reflexão –, o ético-religioso o confronta com a seriedade (Alvor) que é exigida pela existência.
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