Subjetividade e religiosidade na obra Temor e Tremor
DOI:
https://doi.org/10.4013/con.2022.182.05Palavras-chave:
Subjetividade. Religiosidade. Paradoxo. Selv.Resumo
A ordem divina, o holocausto exigido, o sofrimento enredado, a solidão, a angústia e o desespero que envolviam Abraão e, por fim, o reconhecimento de Deus e a recompensa eterna condensam num só caso alguns dos principais conceitos analisados por Kierkegaard. Na obra Temor e tremor (1843), Kierkegaard demonstra a superioridade da individualidade diante do universal, bem como a suspensão teleológica da Ética. O objetivo geral desta pesquisa é investigar, de modo preciso, os conceitos subjetividade e conhecimento subjetivo na obra citada. Partimos do ponto de que tal investigação demanda um processo reflexivo que conceba o selv como móbil estrutural e analítico da existência. Kierkegaard aplica essa concepção ao alçar a subjetividade à correlato da verdade e o existir, tensionado pela liberdade e pelas possibilidades, à responsabilidade do selv. Na gesta de Abraão, o singular enquanto singular encontra-se em relação absoluta com o absoluto. Os fios condutores que perpassam a tessitura do texto são: o indivíduo e o paradoxo. São pontos culminantes de sentido ascendente, expressões máximas da subjetividade e da religiosidade, respectivamente. Cabe, portanto, a pergunta: o que é o paradoxo? Qual é a sua relação com o selv? Ao procurar nortear as concepções obtidas em nossas análises pelas noções de subjetividade e religiosidade, o texto procura conservar elementos que representam categorias distintas da filosofia kierkegaardiana. Esta clivagem, subjetividade e religiosidade garantirá o indivíduo como esforço filosófico.
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