O contratualismo na filosofia moral de Ernst Tugendhat

Autores

  • Viviane Zarembski Braga (Unisinos) Unisinos

Palavras-chave:

Ernst Tugendhat, Contratualismo, Simetria.

Resumo

Tugendhat, em seus primeiros textos dedicados à moral, faz uma crítica ao contratualismo, apontando diferentes aspectos que fazem com que esta teoria seja considerada por ele como uma ‘quase-moral’. Nos escritos posteriores, contudo, ele passa a compreender o contratualismo como única alternativa capaz de explicar o surgimento de uma moral autônoma. O autor, então, nos apresenta uma reinterpretação do contratualismo, chamando-o de contratualismo simétrico. Sua reinterpretação parte do pressuposto de que o contrato moral não pode ser entendido como um contrato de primeiro nível, mas sim de segundo nível, uma vez que o acordo realizado pelos membros da comunidade moral não é apenas um acordo de ações mútuas, mas também um acordo de exigências mútuas. Na moral tugendhatiana, os indivíduos se comprometem mutuamente a agir de acordo com aquilo que a comunidade moral definiu como o bom, mas também se comprometem a desenvolver os sentimentos morais de indignação e culpa, próprios de todo sistema moral. Os indivíduos se comprometem com o sistema moral porque o consideram justificado, e ele se justifica porque está alicerçado sobre um contrato simétrico, no qual todos os indivíduos se encontram numa relação de justiça e igualdade.

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Publicado

2015-09-28

Como Citar

BRAGA (UNISINOS), V. Z. O contratualismo na filosofia moral de Ernst Tugendhat. Controvérsia (UNISINOS) - ISSN 1808-5253, São Leopoldo, v. 10, n. 2, p. 64–78, 2015. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/controversia/article/view/10184. Acesso em: 29 abr. 2025.

Edição

Seção

Artigos