O ensino do texto escrito segundo professores de Língua Portuguesa de escolas públicas de Niterói (RJ): a disparidade teoria-prática
Resumo
Neste artigo, recorte de uma tese de doutorado, intencionou- -se investigar como os professores de Língua Portuguesa, atuantes no Ensino Fundamental de três escolas municipais niteroienses, compreendem seu trabalho com o ensino da produção textual escrita e como tais práticas ocorrem em sala de aula, ouvindo suas versões da realidade, suas vozes em interação. Procurou-se ainda contribuir com a discussão acerca da realização do trabalho do professor de Língua Portuguesa na escola pública atual. A teoria da enunciação foi o guia da análise das enunciações desses professores, exploradas em grupos focais e entrevistas individuais, dispositivos enunciativos realizados em 2013 e 2014, respectivamente. Já a linguística textual foi a fonte teórica sobre o tema do ensino da produção textual escrita. Concluiu-se que o texto está na escola, onde sempre esteve, como gênero vivo, mas, como unidade de ensino-aprendizagem, é ainda um produto ora para ocupação do tempo, ora para a aprendizagem do conhecimento linguístico, ora para a aprendizagem de uma metalinguagem técnica, cujo endereçamento é o professor apenas e cuja situação social imediata é a aula, por ela mesma. Ainda que a pesquisa acadêmica no campo da linguagem muito tenha avançado, é geral, portanto, o desnorteio dos professores para trabalhar com turmas que apresentam dificuldades com o saber-escrever, dificuldades estas intensificadas pelas condições do trabalho docente na escola pública.
Palavras-chave: ensino de Língua Portuguesa, produção textual escrita, escola pública.
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