Coronavírus é como: relações de sentido a partir de metáforas por símile

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DOI:

https://doi.org/10.4013/cld.2021.191.10

Resumo

Neste artigo, debruçamo-nos sobre metáforas por símile a fim de analisá-las no contexto da pandemia de covid-19, considerando as relações de sentido em jogo, as quais abarcam domínios conceituais, aspectos socioculturais, bem como funções pragmáticas e discursivas que emergem das situações examinadas. Para tanto, assumimos um quadro teórico que concebe a metáfora como um fenômeno multifacetado, permeando distintos níveis linguísticos. Ademais, adotamos um método baseado na web como corpus para identificação das metáforas, por meio dos gatilhos coronavírus é comocovid-19 é comocoronavírus é que nem e covid-19 é que nem. À luz de nossos achados, de modo geral, podemos afirmar que, mesmo que os enunciadores lancem mão de domínios metafóricos similares, eles o fazem a partir de distintas posições e intenções discursivo-argumentativas, o que pode resultar, por exemplo, em avaliações positivas ou negativas acerca dos efeitos da pandemia. 

Palavras-chave: Coronavírus; Metáfora por Símile; Relações de Sentido. 

Biografia do Autor

Jean Michel Pimentel Rocha, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

É Professor EBTT do IFMS, câmpus Coxim. Doutor (2020) e Mestre (2017) em Estudos Linguísticos pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da UNESP/Ibilce. Graduado em Letras (Português/Inglês - 2014 e Português/Francês - 2020) também pela UNESP/Ibilce. Realizou, entre outubro de 2019 e março de 2020, estágio de doutorado sanduíche na University of East Anglia (Norwich, Reino Unido), no âmbito do programa Capes/PrInt. Desenvolve pesquisas na área de Linguística, com ênfase em Linguística Aplicada, em trabalhos que envolvem Linguística de Corpus, Fraseologia (fraseologismos metafóricos, colocações, colocações especializadas e estendidas) e Ensino de Inglês como LE. Em 2017, atuou, na UNESP/Ibilce, como docente de Fundamentos de Linguística (Estágio Supervisionado em Docência, no Departamento de Estudos Linguísticos e Literários - DELL), no curso de Licenciatura em Letras.

Beatriz Curti-Contessoto, Universidade de São Paulo (USP)

Atualmente, desenvolve pesquisa de pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP). É Doutora em Estudos Linguísticos pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de São José do Rio Preto, São Paulo. Durante seu doutorado, realizou estágio de pesquisa na Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3, na França. É também Bacharela em Letras com Habilitação de Tradutor (Francês/Espanhol) pela UNESP. Como pesquisadora, atua na área de Linguística, com ênfase em Terminologia Mono/Bilíngue, Terminologia Diacrônica e neologia terminológica. Suas pesquisas abordam, principalmente, questões de equivalência português-francês, aspectos socioculturais e históricos que subjazem aos termos (sobretudo do domínio jurídico) e tradução juramentada. Como docente, atuou em cursos de extensão e graduação nas duas instituições em que desenvolveu suas pesquisas. Colaborou ainda com o Centre de Ressources et Information en Français (CRIF), fundado pela UNESP e pelo Consulado da França de São Paulo, e com o Centro Interdepartamental de Tradução e Terminologia (CITRAT) da USP.

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Publicado

2021-07-23

Como Citar

Pimentel Rocha, J. M. ., & Curti-Contessoto, B. (2021). Coronavírus é como: relações de sentido a partir de metáforas por símile. Calidoscópio, 19(1), 131–142. https://doi.org/10.4013/cld.2021.191.10

Edição

Seção

Artigos