Notas sobre gestos de interpretação: o sem-sentido e o não-sentido em face do distanciamento social
DOI:
https://doi.org/10.4013/cld.2021.191.06Resumen
Na busca por compreender gestos de interpretação produzidos no contexto de pandemia do novo coronavírus (Covid-19), neste artigo, proponho uma leitura discursiva de uma reportagem a respeito da reabertura do comércio de rua em Campinas realizada por um telejornal local como ponto de partida para uma reflexão sobre a relação entre o sem-sentido e o não-sentido, com base na distinção elaborada por Orlandi (1998). Filiada ao dispositivo teórico-analítico da Análise de Discurso, almejo analisar os processos de significação desencadeados tanto pelo o que é dito na reportagem quanto pelo o que é dito nos comentários da página do telejornal no facebook em torno de uma cena urbana remetida à aglomeração. Para isso, investida numa escuta (discursiva) social, é possível observar de que modo o distanciamento, como política sanitária, é invisibilizado pela saturação dos sentidos de aglomeração. Com efeito, ele fica soterrado pelo sem-sentido.
Palavras-chave: Gesto de Interpretação; Aglomeração; Análise de Discurso.
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