A cidade esquecida: patrimônio industrial e o ocultamento da memória do trabalho

Autores

  • Jossana Peil Coelho
  • Francisca Ferreira Michelon Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.4013/rlah.v8i21.996

Resumo

As indústrias na década de 1950 nas cidades de Caxias do Sul, Pelotas e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foram responsáveis por representativo desenvolvimento e progresso destes locais. Os espaços fabris não só se destacavam na paisagem urbana como eram importantes para a economia da região, em especial porque empregavam um grande número de trabalhadores. Atualmente, muitas dessas fábricas fecharam ou se mudaram, deixando, de distintos modos, os complexos fabris que ocupavam. Alguns destes foram considerados patrimônios culturais da sua cidade. No entanto, mesmo reconhecidos desse modo, os valores, que na época da fábrica operante eram vigentes, diluíram-se com o seu fechamento. E isso se aplica à memória do trabalho, dos quais tais espaços eram testemunhas. Entende-se que tal diluição pode vir de um ocultamento silencioso sobre as muitas cidades que qualquer cidade detém. Nesse caso, sobre a cidade operária, que ostentava apenas a força do trabalho e as tecnologias de produção fabril.

Biografia do Autor

Francisca Ferreira Michelon, Universidade Federal de Pelotas

Professora Titular do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas nos cursos de Bacharelado em Museologia, Bacharelado em Conservação e Restauração de Bens Culturais Moveis e do Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural. Graduada em Licenciatura Plena Em Educação Artística pela Universidade Federal de Pelotas, possui mestrado em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1993) e doutorado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2001).

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Publicado

2019-07-16