De Neo-colonialismo y la ‘otra cara’ de la nación: las exhibiciones de originarios del sur del continente latinoamericano en Chile (1873) y Argentina (1898)
DOI:
https://doi.org/10.4013/rlah.v6i17Especial.864Resumo
Na segunda metade do Séc. XIX, as Exposições Universais representaram, para os Estados latino-americanos, a oportunidade de apresentar-se à comunidade internacional como nações que haviam superado a instabilidade político-institucional das primeiras décadas da independência e, como sociedade branca e homogênea, pronta para receber imigrantes, capitais e tecnologias. Alguns estudos têm reconstruído como algumas destas manifestações – organizadas na Europa, nos Estados Unidos e também na América Latina – se entrelaçaram com a prática de exibir indivíduos expoentes de uma nacionalidade “não europeia” e, portanto, considerada selvagem, bárbara e inferior em contraposição ao progresso e a civilização ali exposto. O presente artigo ilustra os primeiros resultados de uma pesquisa que identificou duas exibições deste último gênero – em 1873, no Chile, a Exposição Histórica e Colonial, e, em 1898, na Argentina, a Exposição Nacional da Indústria - que na verdade tiveram como protagonistas expoentes daquelas populações que ainda habitavam o extremo sul do continente latino-americano.