Roceiros, campeiros e domadores: o ofício do trabalho escravo na Vila de Caçapava (1831-1839).
DOI:
https://doi.org/10.4013/rlah.v1i3.69Palavras-chave:
Escravidão. Trabalho. Sul do Brasil.Resumo
Entende-se que a análise do patrimônio contido nos “bens de raiz” dos inventários post-mortem, permite elucidar melhor os agentes formadores deste contexto social. Por conseguinte o objetivo deste artigo é fazer uma análise nas características dos ofícios da população escrava de Caçapava presente nos de inventários, entre 1831 e 1839. Com isso, poderemos distinguir as especificidades da mão-de-obra escrava para o dado momento. A fonte utilizada foram todos os inventários post-mortem da década de 1830, chegando a um total de 61 processos. A partir da quantificação das informações que constam nestes documentos e uma análise qualitativa, discutimos entre outras questões, uma presença de escravos especializados. Foi realizado um diálogo bibliográfico acerca dos estudos sobre História Agrária e escravismo, entendemos estes como fundamentais para o devido trabalho. Este debate e a análise documental permitiram uma melhor compreensão das especificidades locais, elementos relacionados com o trabalho dos escravos, como a especialização da mão-de-obra, tais como: campeiros, roceiros, domadores entre outros. De tal modo, a apreciação destes dados descritos na documentação dará luz à questão dos ofícios do trabalho escravo presente nos processos de Caçapava para o dado momento.Downloads
Publicado
2012-03-16
Edição
Seção
Dossiê