Mestiçagem e os regimes de classificação da população nos registros batismais (Capela de Santa Maria, 1798-1834)
DOI:
https://doi.org/10.4013/rlah.v3i11.441Resumo
O objetivo deste artigo é discutir a ausência de batizandos classificados como mestiços nos assentos batismais de uma Capela do Império Português, depois Império do Brasil, localizada na Fronteira do Rio Pardo – a Capela de Santa Maria –, entre 1798-1834. Analisa os regimes de classificação dos batizandos relativizando o contingente de população de cor branca que pode ter sido menor do que os dados quantitativos, num primeiro momento evidenciam. Propõem que as classificações dependiam de uma série de elementos como a condição social dos genitores e sua ancestralidade a qual era repassada hereditariamente aos rebentos batizados em Santa Maria. Conclui que, embora os padres não tenham registrado nenhum mestiço naquela Capela houve, no entanto,mestiços biológicos os quais não receberam esta distinção. Pondera que a população mestiça poderia ter sua presença diluída entre os sujeitos de condição branca, indígena ou parda, corroborando com a pretensa ausência de mestiços nas fontes.Edição
Seção
Dossiê