A morte tem sua beleza no sul: túmulos, culto e memória na Porto Alegre do século XX

Autores

  • Mauro Dillmann UNISINOS

DOI:

https://doi.org/10.4013/rlah.v2i7.350

Palavras-chave:

cemitério, morte, memória.

Resumo

No início do século XX, a morte, no Cemitério da Irmandade São Miguel e Almas de Porto Alegre/RS, mereceu distinção expressa na materialidade tumular, configurando o culto aos túmulos, à memória do morto e o prestígio individual e familiar. O desejo de construir mausoléus e de privatizar eternamente o local de sepultamento (as perpetuações) permitiram simbolicamente a atenuação da angústia e emoção diante da morte, a preservação da memória do defunto e a garantia da imortalidade e eternização do mesmo na memória dos vivos. Tais anseios, de uma parcela da elite católica da cidade, refletiam os novos desejos estéticos e a modernização cemiterial, que acompanhavam as mudanças urbanas pelas quais passava a cidade. Esta comunicação, portanto, tem por objetivo analisar a relação entre cemitério, mortos/morte e memória, de modo a perceber as transformações na concepção da necrópole, bem como os desejos e vontades sociais de construir memórias e esconder a morte na beleza dos túmulos.

Biografia do Autor

Mauro Dillmann, UNISINOS

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).   

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