A Paris Regencial (1715-1723): o renascimento de uma cidade
DOI:
https://doi.org/10.4013/rlah.v2i7.341Palavras-chave:
Rococó, França, Moda.Resumo
Após a morte de Luís XIV em 1715, sobe ao poder seu sobrinho Felipe de Orléans. Depois de um longo reinado repleto de regras, a corte já demonstrava o desejo por mais liberdade. No final do século XVII e início do XVIII importantes transformações se operaram na cultura e na sociedade francesas. O novo gosto pela intimidade contrastava com a pompa e o luxo do período anterior. Na arte surgia a estética do Rococó que já contava com seu mais célebre pintor, Antoine Watteau. Este último aceito pela Academia Real de Arte em 1712. Mesmo essa instituição tão tradicional abria seus salões para os quadros que retratavam reuniões elegantes ao ar livre, as chamadas “fêtechampetre”. O regente do futuro rei Luís XV passa a empreender importantes transformações. A corte deixa seu isolamento em Versalhes e se muda para Paris. Eles se dispersam por diferentes palácios. O jovem rei nas Tulherias, e o regente no Palais Royal, redecorado ao gosto da época. Os nobres constroem suas casas na cidade, os “hôtel de ville”. Os espaços íntimos são valorizados e a sociabilidade ocorre nos teatros, bailes e salões da cidade. A vida da “cidade” deixa de ser subordinada à da “corte”; ocupa seu lugar e assume suas funções culturais. No espaço urbano convivem agora a nobreza e a alta burguesia. Surge a necessidade de demonstrar a superioridade financeira ou cultural, expressa através de um rico jogo de aparências. Nele se destaca a moda, a decoração de interiores e a própria arte.Downloads
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Dossiê