Homenagens e monumentos médicos: a criação de uma identidade de classe

Autores

  • João Gabriel Toledo Medeiros UNISINOS

DOI:

https://doi.org/10.4013/rlah.v2i7.337

Palavras-chave:

Identidade, Medicina, Patrimônio, Homenagens e Monumentos.

Resumo

O presente trabalho procura discutir a formação de uma identidade médica a partir dos monumentos e homenagens espalhados pela cidade de Porto Alegre. As homenagens/monumentos, assim como a escolha dos nomes e os discursos nas inaugurações são atos culturais, sociais e políticos que possuem um sentido e uma intenção, que devem ser problematizados e investigados. O intento principal desta comunicação é demonstrar e problematizar como, culturalmente, através da criação de homenagens/monumentos a médicos ilustres, a classe afirmou a sua identidade e memória frente à liberdade profissional, além de mostrar as possibilidades de pesquisa. O embate entre médicos graduados e a liberdade profissional defendida pelos positivistas, ideologia política que governou o Estado de 1890 a 1930 através do Partido Republicano Rio-grandense, tem sido correntemente discutido dentro da historiografia da medicina/saúde no Rio Grande do Sul. Dessa forma, a medicina gaúcha firmou seu posicionamento usando a cultura como um dos suportes para civilizar as práticas médicas, tendo a ciência e a habilitação como requisito primordial para seu exercício. Essas homenagens e monumentos estão espalhados pela cidade, inaugurados em momentos diferentes, o que reforça a ideia de que foram criados e expostos com um significado, com uma intenção, em um longo processo histórico.

Biografia do Autor

João Gabriel Toledo Medeiros, UNISINOS

Mestrando em História pela Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS), bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Centro de Memória da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS).

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