Um conflito de memória: a invisível cidade operária
DOI:
https://doi.org/10.4013/rlah.v2i7.330Palavras-chave:
Cidade, Patrimônio industrial, Fotografia, Memória, Identidade.Resumo
Analisam-se dois processos de patrimonialização em duas cidades, uma uruguaia, outra brasileira, observando como é possível a partir da comparação, identificar um conflito de memória no caso brasileiro. Debruça-se no estudo comparativo de dois casos: a cidade de Fray Bentos, no Uruguai e a cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul, partindo de um elemento em comum, o Frigorífico Anglo, em ambos os lugares, desativado. Qualificam-se os casos em extremos opostos e propõe-se a interpretar a cidade obreira uruguaia e a brasileira, que não se quer lembrar assim. Empregam-se as categorias de tropismo patrimonial, bulimia patrimonial, metamemória e sociotransmissores, apresentadas pelo antropólogo Joël Candau, para analisar ambos os processos. Identificam-se as diferenças, relacionam-nas com os processos de patrimonialização e interpreta-se o conflito de duas identidades na cidade de Pelotas que não se permitem compartilhar o campo das subjetividades. Observa-se, sobretudo, o papel da fotografia na comparação entabulada e avaliam-se suas possibilidades na ratificação de discursos memoriais e identitários.Downloads
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Seção
Dossiê