Nas tramas da família: modos de vida indígena frente às políticas pombalinas na Amazônia lusitana (1750-1777)
DOI:
https://doi.org/10.4013/rlah.2023.1.13Palavras-chave:
Arranjos familiares, Diretório dos Índios, Resistências cotidianas, Amazônia colonialResumo
A família tem sido tema de estudos e discussões de diversas áreas do saber científico ao longo do tempo, incluindo a História. Este artigo se insere neste campo de pesquisa, com o objetivo de abordar as vivências indígenas diante das políticas pombalinas instauradas na segunda metade do século XVIII, no Estado do Grão-Pará e Maranhão. Nesse atinente, focamos nossos olhares nas medidas que impactaram mais diretamente as famílias nativas e como esses sujeitos (re)agiram perante essa conjuntura. Evidenciamos, portanto, as agências indígenas, em outras palavras, analisamos esses indivíduos como sujeitos atuantes de suas próprias histórias, utilizando como base empírica, principalmente, correspondências trocadas entre diversas autoridades coloniais, assim como, alguns dos conjuntos legislativos vigentes a época. Confrontamos, portanto, a documentação entre si, juntamente uma bibliografia variada, a fim de construirmos nossa própria argumentação.
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