A GUERRA FRIA E A GRANDE IMPRENSA BRASILEIRA

AS RELAÇÕES EMBRIONÁRIAS DO BRASIL COM A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA DURANTE A DITADURA DO GOVERNO GEISEL (1974-1979)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.4013/rlah.2022.1128.08

Palavras-chave:

GUERRA FRIA, GRANDE IMPRENSA, JORNAL DO BRASIL, O ESTADO DE S. PAULO, BRASIL-CHINA

Resumo

Este artigo é resultado da minha dissertação de mestrado, na qual trabalhei com as relações estratégicas entre o Brasil e a República Popular da China que se firmaram a nível de embaixadas ainda durante a ditadura civil militar no Brasil, período que compreende o final da Guerra Fria. Aborda-se aqui a viagem de observações iniciais de uma comitiva brasileira a China já nos primeiros meses do Governo Geisel e, também, os Acordos firmados durante o período em que se manteve no poder. Para realizar esta pesquisa, utilizou-se como fonte/objeto principal dois jornais da grande imprensa, o Jornal do Brasil e O Estado de S. Paulo, analisando como esta parceria foi retratada pela mídia em seu caráter embrionário, qual foi o seu papel e como estes jornais se posicionaram.

Biografia do Autor

Pricila Niches Muller, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)

Doutoranda em História pela PUCRS, com bolsa CNPq. Mestra em História pelo Programa de Pós-Graduação em História pela mesma Instituição.

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Publicado

2022-11-20