Rústicos y miserables: o discurso jurídico sobre as populações indígenas no vice-reino do Rio da Prata (1767-1800)

Autores

  • Fabrício Ferreira de Lema PUCRS

DOI:

https://doi.org/10.4013/rlah.2020.0923.04

Resumo

O último quarto do século XVIII foi marcado por uma série de transformações ocorridas na Península Ibérica, que tiveram repercussões fundamentais na América espanhola. O decreto de expulsão da Companhia de Jesus, assim como a separação da administração temporal e religiosa nos territórios da antiga Província Jesuítica do Paraguai, possibilitou aos administradores laicos entrar em contato com a população indígena missioneira, que antes estava sob a égide dos jesuítas. A proposta deste artigo é analisar a construção discursiva dos agentes laicos da Coroa sobre as populações nativas, privilegiando a interpretação dos documentos relativos à administração da justiça, produzidos durante os anos 1768 e 1800. Buscaremos apreender as formas de tradução da alteridade indígena, operadas nos processos-crime, tendo em vista a atuação dos administradores laicos enquanto agentes deste processo. 

Biografia do Autor

Fabrício Ferreira de Lema, PUCRS

Licenciado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2019), foi bolsista de Iniciação Científica (PIBIC-CNPQ) na área de Arqueologia (2015-2016) e bolsista de Iniciação Científica na área de História da América Latina Colonial (2018-2019). Atualmente cursa o Mestrado em História (PUCRS) e integra o Laboratório de Pesquisas em Documentação Escrita (LAPDESC-PUCRS).

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Publicado

2020-07-25