Comunicação, hegemonia e memória: lutas discursivas sobre a ditadura civil-militar na sociedade brasileira contemporânea

Autores

  • Felipe Correa de Mello

DOI:

https://doi.org/10.4013/ver.2018.32.79.02

Resumo

Neste artigo, temos como objetivo fazer alguns apontamentos acerca dos embates discursivos sobre a ditadura civil-militar na sociedade brasileira contemporânea. Para tanto, dissertamos, em primeiro lugar, sobre o papel dos meios de comunicação na constituição das memórias hegemônicas sobre o referido período histórico, para em seguida iluminarmos a presença de memórias subterrâneas (Pollak, 1989) e de discursos contra hegemônicos que visam instaurar materialidades discursivas que se contraponham ao silenciamento e ao esquecimento de múltiplas dimensões sobre a ditadura, como, por exemplo, o genocídio de povos indígenas, a participação de parte do empresariado e dos grandes meios de comunicação na constituição e na sustentação do governo autoritário. Argumentamos que, a despeito de um relativo crescimento dessas vozes e memórias subterrâneas, nosso país ainda é caracterizado pela carência de uma cultura da memória sobre nosso passado recente.

Palavras-chave: memórias coletivas, ditadura civil- -militar, meios de comunicação, hegemonia.

Biografia do Autor

Felipe Correa de Mello

Doutor em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM, São Paulo), pesquisador do Grupo CNPq de Pesquisa em Comunicação, Educação e Consumo (ESPM). Mestre em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), bacharel em História pela Universidade de São Paulo (USP). Foi professor e coordenador do curso de Marketing no Centro Paula Souza. Tem experiência nas áreas de Comunicação Social, Publicidade e Ciências Sociais Aplicadas, atuando principalmente nos seguintes temas: comunicação e linguagem, práticas de consumo, narrativas midiáticas, análise do discurso, teoria da comunicação, comunicação e cultura, psicologia do consumo, história e ficção, história do Brasil, comunicação museológica.

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Publicado

2017-08-03

Edição

v. 32 n. 79 (2018)

Seção

Artigos

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