As redes como agente de fermentações sociais: é possível?

Autores

  • Keila Cristina Gonçalves Rosa Programa de Pós-Graduação em Comunicação - Universidade de Brasília - UnB
  • Tiago Quiroga Fausto Neto Faculdade de Comunicação - Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.4013/ver.2016.30.75.01

Resumo

O presente trabalho propõe uma discussão acerca da experiência política mediada pelas mídias sociais on-line a partir das Jornadas de Junho de 2013, no Brasil. Trabalha-se com a hipótese de que as manifestações desencadeadas nesse período apontam para uma nova experiência política, em especial, para uma multidão incentivada pelas relações estabelecidas nas redes sociais na internet. Um dos principais desdobramentos dessa nova condição da política seria, portanto, um deslocamento da importância dos meios de comunicação tradicionais. A fim de analisar esse cenário, como investigação empírica, debruçamo-nos sobre a atuação do Movimento Passe Livre, uma organização social sem fins lucrativos, e da TV Globo, canal de televisão com a maior audiência na região dos eventos, segundo o IBOPE. Com efeito, observamos o reforço do poder reivindicatório dos movimentos sociais, marcadamente em razão da disseminação de suas causas e lutas e, principalmente, o crescimento também exponencial do seu poder convocatório. No limite, é provável que esteja em curso uma mutação de significados, de deslocamentos nas formas de comunicação e, como resultado disso, nas formas de fazer política.

Palavras-chave: redes sociais, manifestações sociais, tecnologia, internet, política.

Biografia do Autor

Keila Cristina Gonçalves Rosa, Programa de Pós-Graduação em Comunicação - Universidade de Brasília - UnB

Mestranda em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB) e graduada em Administração de Empresas, com especialização em Marketing. Possui grande experiência no setor privado, liderando projetos de comunicação e marketing. Atuou, por anos gerente de marketing da maior rede supermercadista do Centro-Oeste e coordenadora de marketing de fidelidade do Grupo Pão de Açúcar. Foi também um das responsáveis pelo gerenciamento do Projeto Revelando Pernambuco, elaborado para fomentar o turismo no Estado de Pernambuco. Tem artigos publicados na área de comunicação social em congressos nacionais e internacionais, blogs e jornais de notícias. Suas pesquisas concentram-se na área de Teorias e Tecnologias da Comunicação, focando principalmente opinião pública, movimentos sociais, redes sociais digitais e os medias.

Tiago Quiroga Fausto Neto, Faculdade de Comunicação - Universidade de Brasília

Doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Mestre em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ). Bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Especialista em Fotografia como Instrumento de Pesquisa em Ciências Sociais pela Universidade Cândido Mendes, Rio de Janeiro. Bacharel em Jornalismo pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ). Professor adjunto da Faculdade de Comunicação, Universidade de Brasília, onde leciona desde 2009. Atua na área de Imagem, Epistemologia da Comunicação, Teoria da Comunicação, Métodos e Técnicas de Pesquisa em Comunicação. Autor do livro Pensando a episteme comunicacional (EDUEPB: 2013). Líder de grupo de pesquisa certificado pelo CNPq, GEPCOR (Grupo de Estudos e Pesquisas em Comunicação Organizacional); membro do Laboratório de experimentação em linguagens digitais para dispositivos móveis e desenvolvimento de novos produtos jornalísticos para tablets e smartphones (Labdim), certificado pelo CNPq. Membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Coordenador da linha de pesquisa de Teorias e Tecnologias da Comunicação. Parecerista de associações científicas da área de comunicação; membro do conselho editorial e/ou avaliador de revistas científicas em Comunicação.

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Publicado

2016-04-09