Arqueologia das Mídias como Pós-História das Mídias

Auteurs

  • Marcio Telles Universidade Federal do Espírito Santo

Mots-clés :

Arqueologia das Mídias, Teoria Alemã da Mídia, História das Mídias

Résumé

Na falta de um programa comum, autores da Arqueologia das Mídias a caracterizam como o avesso da História das Mídias. Este artigo almeja explorar essa oposição a fim de compreender os limites das proposições da Arqueologia das Mídias. Para tanto, resgata o conceito de “Pós-História” como proposto por Vilém Flusser, ligando-o à emergência das mídias técnicas. Este conceito subsidia a proposta da Arqueologia das Mídias como uma “historiografia corrigida”, capaz de lidar com uma pós-Modernidade cada vez mais técnica, midiatizada e não humana, não hermenêutica e não linear.

Biographie de l'auteur

Marcio Telles, Universidade Federal do Espírito Santo

Professor do Departamento de Comunicação da Universidade Federal do Espírito Santo. Doutor e Mestre em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com estágio doutoral na Winchester School of Arts, Universidade de Southampton (Reino Unido). Recebeu Prêmio Compós na categoria Melhor Dissertação (2014) e 2º lugar no Prêmio Freitas Nobre da Intercom (2017). Bacharel em Jornalismo pela UFRGS.

Références

BARBOSA, M. 1997. Por uma história dos sistemas de comunicação. Contracampo, 1:27­45.

______. 2013. História da Comunicação no Brasil. Petrópolis, RJ, Vozes, p.

DUARTE, R. 2011. A plausibilidade da pós-história no sentido estético. Trans/Form/Ação. 34(2):155-180.

ELSAESSER, T. 2016. Media archaeology as symptom. New Review of Film and Television Studies, 14(2):181-215.

______. 2018. Cinema como Arqueologia das Mídias. São Paulo, Edições Sesc São Paulo, p.

ERNST, W. 2017. The Delayed Present: media-induced tempor(e)alities & techno-traumatic irritations of ‘the contemporary’. Berlim, Sternberg Press, p.

FELINTO, E. 2001. Materialidades da Comunicação: Por um Novo Lugar da Matéria na Teoria da Comunicação. Ciberlegenda, 5:sem paginação.

FICKERS, A.; WEBER, A.-K. 2015. Towards an archaeology of television. View: Journal of European Television History & Culture, 4(7):1-6.

FLUSSER, V. 1993. Nachgeschichte. Eine korrigierte Geschichtsschreibung. Bosheim/Düsseldorf: Bollmann Verdag.

______. 2007a. O mundo codificado: por uma filosofia do design e da comunicação. Org.: Rafael Cardoso. São Paulo, Cosac Naify, p.

______. 2007b. Bodenlos: uma autobiografia filosófica. São Paulo, Annablume,

______. 2008. O universo das imagens técnicas: ou elogio da superficialidade. São Paulo, Annablume, p.

______. 2011a. Pós-História: vinte instantâneos e um modo de usar. São Paulo, Annablume, p.

______. 2011b. Filosofia da Caixa Preta. São Paulo, Annablume, p.

______. 2014a. Comunicologia: reflexões sobre o futuro. São Paulo, Martins Fontes, p.

______. 2014b. Gestos. São Paulo, Annablume, 120p.

GUMBRECHT, H. U. 1998. Corpo e forma: ensaios para uma crítica não-hermenêutica. Org.: João Cezar de Castro Rocha. Rio de Janeiro, EdUERJ, p.

______. 2010. Produção de presença: o que o sentido não consegue transmitir. Rio de Janeiro, Contraponto, p.

HUHTAMO, E. 1997. From Kaleidoscomaniac to Cybernerd: Towards an Archeology of the Media. Leonardo, 30(3):221-224.

______; PARIKKA, J. 2011. Introduction: an archaeology of media archaeology. In: HUHTAMO, E.; PARIKKA, J. (orgs.). Media Archaeology: approaches, applications, and implications. Berkeley, Los Angeles, Londres, University of California Press, p. 1-21.

KITTLER, F.A. 1980. Die Austreibung des Geistes aus den Geisteswissenschaften: programme des Poststrukturalismus. Padeborn, Alemanha, Schöningh, p.

______. 1990. Discourse Networks: 1800-1900. Stanford, EUA, Stanford University Press, p.

______. 2016. Mídias Ópticas: curso em Berlim, 1999. Trad. Markus Hediger. Rio de Janeiro, Contraponto, p.

______. 2017. A verdade do Mundo Técnico: ensaios sobre a genealogia da atualidade. Rio de Janeiro, Contraponto, p.

______. 2019. Gramofone, Filme, Typewriter. Trad. Daniel Martineschen, Guilherme Gontijo Flores. Belo Horizonte e Rio de Janeiro, Editora UFMG e Ed. Uerj, 414p.

MÜLLER, A. 2009. As contribuições da teoria da mídia alemã para o pensamento contemporâneo. Pandaemonium germanicum, 13:107-126.

PARIKKA, J. 2010. Insect Media: an archaeology of animals and technology. Minneapolis, Minnesota, EUA, University of Minnesota Press, p.

______. 2012. What is media archeology? Cambridge, EUA, Polity Press, p.

______. 2015. Geology of Media. Minneapolis, EUA, University of Minnesota Press, p.

POTTS, J. 2013. Jussi Parikka, What is Media Archaeology? & Erkki Huhtamo and Jussi Parikka (eds), Media Archaeology: approaches, applications and implications; Resenha de. Screen, 54(1):113-117.

VON HERMANN, H-C. 2018. Media Culture: Bildung in the Information Age. In: J. CHAMPLIN (org). The Technological Introject: Friedrich Kittler between Implementation and the Incalcuable. Nova Iorque, Fordham University Press, p.184-192.

WELLBERY, D.E. 1990. Foreword to Discourse Networks: 1800-1900. In: KITTLER, F.A. Discourse Networks: 1800-1900. Stanford, California, Stanford University Press, p.vii-xxxiii.

WINTHROP-YOUNG, G. 2011. Krautrock, Heidegger, Bogeyman: Kittler in the anglosphere. Thesis Eleven, 107(1):6-20.

______. 2013. Cultural Techniques: Preliminary Remarks. Theory, Culture & Society, 30(6):3-19.

______. 2018. Recursive Innovation. In: J. CHAMPLIN, (org.). The Technological Introject: Friedrich Kittler between Implementation and the Incalcuable. Nova Iorque: Fordham University Press, p. 193-208.

ZIELINSKI, S. 1996. Media Archaeology. CTheory, Disponível em: www.ctheory.net/articles.aspx?id=42. Último acesso em 7 de agosto de 2018.

______. 2006. Arqueologia da mídia: em busca do tempo remoto das técnicas do ver e do ouvir. São Paulo: Annablumme, p.

Téléchargements

Publiée

2021-03-06

Comment citer

TELLES, M. Arqueologia das Mídias como Pós-História das Mídias. Questões Transversais, São Leopoldo, Brasil, v. 8, n. 16, 2021. Disponível em: https://revistas.unisinos.br/index.php/questoes/article/view/19096. Acesso em: 29 avr. 2025.