Edición 03
DOI:
https://doi.org/10.4013/1103Resumo
Os últimos acontecimentos do cenário econômico global acabam de demonstrar, de forma irretorquível, que a economia não constitui e não pode ser entendida como uma esfera autônoma da vida em sociedade, deixada livremente ao seu próprio curso para, nessas condições, exercer o seu papel espontaneamente gerador de crescimento econômico e de bem-estar. A recente crise econômica internacional demonstra, mais uma vez, a necessidade de um tratamento sempre político da economia, por meio do seu agendamento no debate público e da discussão permanente sobre a forma e o grau de regulação das atividades econômicas. Do contrário, como se observa pelo teor das medidas imediatas de administração da crise, a economia capitalista de mercado continuará privatizando os resultados da acumulação e, especialmente nos momentos de crise, socializando de modo explícito os seus custos e prejuízos, para o conjunto da sociedade.
O paradigma da racionalidade utilitarista, associado à liberdade econômica individual e à elusão das dimensões ético-políticas dos sistemas de produção e circulação de riquezas, mais uma vez fracassa e expõe suas falácias. Esses fatos tornam ainda mais vital e urgente a reflexão sobre as experiências que ampliam o cânone da vida econômica e sobre os instrumentos intelectuais adequados para impulsioná-las, no sentido de fortalecer outra economia, outra sociedade e outra política para a América Latina, como dizíamos no lançamento do primeiro número desta Revista.
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