Asas, plumas e paetês: como é a frutificação das espécies anemocóricas de uma área de cerrado, de acordo com o tipo de diásporo?

Autores

  • Klécia Gili Massi Universidade do Estado do Mato Grosso

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2016.112.05

Resumo

Frutos e sementes dotados de asas e plumas comumente são dispersos durante a estação seca. Essas distintas unidades de dispersão têm sido analisadas de modo agrupado na literatura, e os padrões estacionais comumente registrados podem estar escondendo informações ecológicas relevantes. Assim, o objetivo deste trabalho foi testar a estacionalidade na frutificação de espécies anemocóricas de cerrado, de acordo com o tipo de unidade dispersora. Em uma comunidade de cerrado em São Paulo, foram registradas 108 espécies dispersas pelo vento. Ao analisar todas as espécies anemocóricas, verificou-se que a proporção de espécies em frutificação não foi uniformemente distribuída ao longo do ano. O pico de frutificação das espécies de diásporos alados e plumados ocorreu em setembro, enquanto o das espécies de diásporos pulverulentos, em abril. Em vegetações mais abertas, com predominância de espécies herbáceas de diásporos plumados, como a comunidade estudada, a frutificação tende a ser mais estacional e orientada para os meses secos do que a de espécies anemocóricas em ambientes de florestas mais úmidas.

Palavras-chave: fenologia, cerrado, dispersão pelo vento.

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Publicado

2016-04-27

Edição

Seção

Artigos