Variação espacial de atropelamentos de mamíferos em área de restinga no estado do Espírito Santo, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.4013/nbc.2014.93.02Resumo
Milhões de animais silvestres morrem atropelados todos os anos no Brasil e diferentes grupos taxonômicos são afetados, incluindo anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Porém, há poucos estudos identificando e quantificando os grupos mais afetados. Os objetivos deste trabalho são descrever a abundância, a composição de espécies e a riqueza de mamíferos atropelados em um trecho de rodovia no estado do Espírito Santo, Brasil. O estudo avaliou, também, se houve diferença no número de atropelamentos entre estações e a distribuição espacial das colisões. Os animais atropelados foram registrados durante quatro anos e 10 meses. Foram registrados 258 indivíduos pertencentes a 22 espécies, 13 famílias e sete ordens. As espécies com maior número de registros foram Didelphis aurita, Cerdocyon thous e Procyon cancrivorus. Não houve diferença significativa na mortalidade de mamíferos entre as estações chuvosa e seca. Três trechos da rodovia, com 86, 32 e 31 casos, apresentaram alto número de atropelamentos. Nesses locais, a rodovia margeia ou atravessa unidades de conservação e fragmentos florestais que não estão legalmente protegidos. O elevado número de atropelamentos entre os km 40 e 50 deve-se, provavelmente, à existência, nesse trecho, de barreiras de concreto separando as faixas de rolamento da rodovia.
Palavras-chave: estradas, mastofauna, mortalidade.
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