Variação espacial de atropelamentos de mamíferos em área de restinga no estado do Espírito Santo, Brasil

Autores

  • Cláudia Márcia Marily Ferreira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Augusto Cesar de Aquino Ribas Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Janaina Casella Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal.
  • Sérgio Lucena Mendes Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.4013/nbc.2014.93.02

Resumo

Milhões de animais silvestres morrem atropelados todos os anos no Brasil e diferentes grupos taxonômicos são afetados, incluindo anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Porém, há poucos estudos identificando e quantificando os grupos mais afetados. Os objetivos deste trabalho são descrever a abundância, a composição de espécies e a riqueza de mamíferos atropelados em um trecho de rodovia no estado do Espírito Santo, Brasil. O estudo avaliou, também, se houve diferença no número de atropelamentos entre estações e a distribuição espacial das colisões. Os animais atropelados foram registrados durante quatro anos e 10 meses. Foram registrados 258 indivíduos pertencentes a 22 espécies, 13 famílias e sete ordens. As espécies com maior número de registros foram Didelphis aurita, Cerdocyon thous e Procyon cancrivorus. Não houve diferença significativa na mortalidade de mamíferos entre as estações chuvosa e seca. Três trechos da rodovia, com 86, 32 e 31 casos, apresentaram alto número de atropelamentos. Nesses locais, a rodovia margeia ou atravessa unidades de conservação e fragmentos florestais que não estão legalmente protegidos. O elevado número de atropelamentos entre os km 40 e 50 deve-se, provavelmente, à existência, nesse trecho, de barreiras de concreto separando as faixas de rolamento da rodovia.

Palavras-chave: estradas, mastofauna, mortalidade.

Downloads

Publicado

2014-08-25

Edição

Seção

Artigos