Estrutura da comunidade de algas perifíticas em substrato natural da lagoa da Universidade Federal do Espírito Santo, Brasil

Autores

  • Fabíola Chrystian Oliveira Martins
  • Valéria de Oliveira Fernandes

Resumo

O presente estudo visou avaliar a estrutura da comunidade de algas perifíticas em Panicum rivulare Trin. e relacioná-la com algumas variáveis abióticas da lagoa da Universidade Federal do Espírito Santo, um ambiente artificial que recebe efluentes domésticos in natura. As amostragens foram realizadas em uma única estação, em intervalos mensais, durante oito meses (outubro/2001 a maio/2002). A comunidade foi avaliada através de seus principais atributos: espécies abundantes e dominantes, diversidade, equitabilidade, riqueza de táxons e densidade populacional. As variáveis ambientais determinadas foram: salinidade, condutividade elétrica, turbidez, transparência, profundidade, zona eufórica, pH, oxigênio dissolvido, temperatura da água e do ar e precipitação. Foram registrados 36 táxons, distribuídos em sete classes. A classe predominante, qualitativamente, foi Chlorophyceae, seguida de Cyanophyceae e Bacillariophyceae, sendo as classes Oedogoniophyceae, Zygnemaphyceae, Euglenophyceae e Dinophyceae pouco representativas. Chlorophyceae predominou quantitativamente na maioria das amostragens e associou-se com a salinidade, sendo Coelastrum microporum a única espécie dominante nas quatro primeiras amostragens. Temperatura da água e luz influenciaram as demais classes, principalmente Cyanophyceae e Bacillariophyceae. Os resultados mostraram que a variação da estrutura da comunidade foi resultado de mudanças autogênicas, refletidas no padrão de substituição das espécies ao longo do período estudado, em resposta a variação temporal das variáveis ambientais influenciando também na diversidade e riqueza de táxons.

Palavras-chave: algas, macrofita, variação temporal.

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Publicado

2021-06-15

Edição

Seção

Artigos