Como o protocolo de amostragem influência a riqueza e a abundância de pequenos mamíferos? Um exemplo na Mata Atlântica, Brasil

Autores

  • Maíra Correa Moura
  • Carlos Eduardo Viveiros Grelle
  • Helena Godoy Bergallo

Resumo

Os pequenos mamíferos são importantes elementos das florestas tropicais, entretanto não existe um protocolo de como amostrar esses animais. O principal objetivo desse estudo é avaliar qual desenho amostral maximiza a riqueza e a abundância de pequenos mamíferos em uma dada área. Para isso, utilizamos dados disponíveis na literatura de estudos realizados na Mata Atlântica. As variáveis analisadas de cada estudo foram número de espécies de marsupiais, número de espécies de roedores, número de indivíduos marsupiais e número de indivíduos roedores (variáveis dependentes), esforço de amostragem (armadilhas/ noite), desenho amostral (transecto ou grades), número de estratos amostrados, número de noites, tipos de armadilhas utilizadas e tamanho da área amostrada (variáveis independentes). Para verificar se os padrões de riqueza e abundância das espécies mudam de acordo com o tipo de floresta, foi realizada uma análise de co-variância usando o tipo de floresta como co-fator. A mesma análise foi feita usando o desenho amostral como co-fator nos diferentes tipos de florestas. Depois foram realizadas análises de variância em cada tipo de floresta, usando o número de estratos amostrados, o número de noites e os tipos de armadilhas como fatores para verificar os efeitos desses fatores na riqueza e na abundância das espécies. O esforço de captura foi a variável que mais influenciou a riqueza e a abundância de pequenos mamíferos. O tipo de floresta também influenciou a riqueza e a abundância das espécies. Os marsupiais parecem ser mais abundantes na floresta semidecidual, e os roedores, na floresta ombrófila densa.

Palavras-chave: armadilhas de captura viva, desenho amostral, esforço de captura, inventários.

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Publicado

2021-06-15

Edição

Seção

Artigos