Composição das comunidades de planárias terrestres (Platyhelminthes, Tricladida, Terricola) em duas áreas de floresta estacional semidecidual do sul do Brasil

Autores

  • Michelle Bicalho Antunes
  • Denírio Itamar Lopes Marques
  • Ana Maria Leal-Zanchet

Resumo

Estudos sobre a composição e estrutura de comunidades de planárias terrestres desenvolvidos no Rio Grande do Sul têm se concentrado em áreas de floresta ombrófila mista e densa. No presente trabalho, analisou-se a composição das comunidades de Terricola em áreas de floresta estacional semidecidual do Parque Estadual de Itapuã (PE-Itapuã) e do Câmpus da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), localizadas no nordeste do Rio Grande do Sul. Nas áreas de estudo, foram registradas 20 espécies, das quais, duas pertencem à família Rhynchodemidae (Rhynchodeminae), e aos gêneros Rhynchodemus Leidy, 1851 e Dolichoplana Moseley, 1877, e as 18 restantes à Geoplanidae (Geoplaninae). Estas últimas distribuem-se nos gêneros Geoplana Stimpson, 1857, Notogynaphallia Ogren e Kawakatsu, 1990 e Pasipha Ogren e Kawakatsu, 1990, bem como no grupo coletivo Pseudogeoplana Ogren e Kawakatsu, 1990. O gênero Geoplana, com sete espécies, apresentou a maior riqueza de espécies. Nove e 13 espécies, respectivamente, foram observadas no Câmpus da UNISINOS e no PE-Itapuã, sendo apenas duas espécies, Notogynaphallia abundans (Graff, 1899) e Geoplana gaucha Froehlich, 1959, comuns às duas áreas. A similaridade entre as duas áreas foi baixa (0,1). Amplia-se a área de distribuição conhecida de Dolichoplana carvalhoi Correa 1947, registrada anteriormente apenas para sua localidade-tipo, a cidade de São Paulo.

Palavras-chave: levantamento, biodiversidade, floresta semidecidual, áreas impactadas, Geoplanidae.

Downloads

Publicado

2013-09-23

Edição

Seção

Artigos