Ecologia da jaguatirica (Leopardus pardalis) na Floresta Atlântica do sul do Brasil

Autores

  • Fernando Vilas Boas Goulart
  • Maurício Eduardo Graipel
  • Marcos Adriano Tortato
  • Ivo Rohling Ghizoni-Jr
  • Luiz Gustavo Rodrigues Oliveira-Santos
  • Nilton Carlos Cáceres

DOI:

https://doi.org/10.4013/5126

Resumo

A jaguatirica Leopardus pardalis é um gato pintado neotropical de porte médio e com ampla distribuição geográfica. O presente estudo foi conduzido em uma reserva em área de Floresta Atlântica no sul do Brasil e forneceu informações a respeito da ecologia da espécie, por meio de registros fotográficos. A densidade estimada pelo método do HMMDM (metade da média das máximas distâncias percorridas) resultou em 0,04 jaguatiricas por km2. As áreas de vida mínimas foram obtidas pelo método do mínimo polígono convexo e corroboraram com outros estudos quando se analisaram os registros dos indivíduos machos. Os registros para as áreas de vida das fêmeas foram menores do que as previamente reportadas. O padrão de atividade noturno está provavelmente relacionado com a atividade das presas, já que as jaguatiricas tendem a ajustar os padrões de movimento com a probabilidade de encontro com as mesmas, ou até mesmo com um fator evolutivo, objetivando evitar a competição/predação com felinos de maior porte. A baixa densidade observada pode ser consequência das condições da área de estudo, pequena e isolada, o que indica a necessidade por reservas maiores e por mecanismos visando conectar populações isoladas.

Palavras-chave: armadilhas fotográficas, Felidae, individualização, padrões de manchas, padrões de atividade.

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Publicado

2021-06-15

Edição

Seção

Artigos