Folhas de Laguncularia racemosa com galhas são menos atrativas para herbívoros mastigadores?
DOI:
https://doi.org/10.4013/5118Resumo
Interações evolutivas entre herbívoros e plantas resultaram numa impressionante variedade de adaptações, e uma pressão de herbivoria levou a evolução de defesas químicas, mecânicas e fonológicas em plantas. Manguezais são sistemas excelentes para estudos da dinâmica de herbivoria. O objetivo deste trabalho foi investigar se ha interação entre a galha induzida por acaro e herbívoros mastigadores em folhas de Laguncularia racemosa (Combretaceae). Foram realizadas excursões mensais (Novembro/2004 a Outubro/2005) ao manguezal de Maracaipe (PE), para coletar 240 folhas expandidas de cada categoria: consumidas por mastigadores (CL), consumidas e com galhas (CLG) e apenas galhadas (LG), provenientes de 60 plantas. Para as folhas que apresentavam indícios da atividade alimentar de mastigadores foi mensurada a porcentagem de herbivoria. A fim de testar se ocorre defesa induzida nas folhas de L. racemosa pela presença da galha foram quantificados os compostos fenólicos totais em folhas de cada categoria. Uma coleta de 40 folhas sem galhas foi realizada em indivíduos com baixa infestação (LL) e em indivíduos com alta infestação (HL) para quantificar os fenóis a fim de analisar se a defesa induzida seria sistêmica ou localizada. CLG obteve menor área foliar perdida pelo herbívoro mastigador. Foi registrada uma quantidade maior de fenóis em HL e LG. Uma alta concentração de fenóis provavelmente esta repelindo os mastigadores. Sabe-se que herbívoros tendem a evitar folhas previamente herbivoradas, pois podem conter maior concentração de defesas químicas. Possivelmente a galha esta influenciando o desempenho alimentar do inseto mastigador.
Palavras-chave: defesa química, compostos fenólicos totais, manguezal.Downloads
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