Influência do microhábitat no processo de predação de sementes em uma área degradada

Autores

  • Cíntia Cardoso Pinheiro
  • Gislene Ganade

DOI:

https://doi.org/10.4013/5108

Resumo

Áreas degradadas são geralmente colonizadas por plantas pioneiras nativas e, subsequentemente, por espécies nativas de estágios tardios; porém, muitas espécies exóticas podem se beneficiar desses distúrbios. Espécies pioneiras têm grande potencial para alterar a futura estrutura da comunidade, influenciando processos como remoção e predação de sementes. Neste trabalho, foi investigado como se alteram os padrões de predação e de remoção de sementes de Araucaria angustifolia (nativa) e Pinus taeda (exótica) em diferentes microhábitats compostos por espécies pioneiras nativas. Na área em restauração foram introduzidas sementes de pinus e de araucária em três microhábitats, um em área aberta e os demais sob as copas de Baccharis uncinella e Vernonia discolor. As sementes foram dispostas para cada microhábitat em dois tratamentos: (i) acesso a vertebrados e invertebrados (controle) e (ii) exclusão de vertebrados (grade). Os tratamentos foram organizados em blocos e repetidos 10 vezes. Uma interação significativa entre tempo x hábitat x consumidor revelou que a taxa de consumo de sementes de araucária por vertebrados foi menor em áreas abertas comparada aos outros microhábitats. A atuação dos vertebrados consumidores de sementes pode ser alterada pelo microhábitat e é mais intensa sobre a espécie nativa do que sobre a exótica. Para a espécie exótica, a fauna desempenha um papel importante nas taxas de consumo de sementes. Este trabalho demonstra que predadores de sementes são importantes controladores da invasão de Pinus e colonização de Araucaria em ambientes abertos.

Palavras-chave: predação de sementes, microhábitats, Araucaria, Pinus, restauração, invasão de plantas.

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Publicado

2021-06-15

Edição

Seção

Artigos