Influência da estrutura de hábitat sobre aranhas (Araneae) de serrapilheira em dois pequenos fragmentos de mata atlântica

Autores

  • Kátia R. Benati
  • Marcelo Cesar Lima Peres
  • Moacir Santos Tinoco
  • Antonio Domingos Brescovit

DOI:

https://doi.org/10.4013/4740

Resumo

Neste estudo investigamos a relação entre a complexidade estrutural de pequenos fragmentos de mata atlântica com a composição e riqueza de aranhas de serrapilheira. Foram avaliadas duas áreas, uma medindo cerca de 5 ha e a outra com aproximadamente 10 ha. Em cada um dos remanescentes foram definidos 60 pontos amostrais, onde foram instalados 60 pitfalls. Para a avaliação da complexidade foram medidas nove variáveis em cada fragmento (profundidade da serrapilheira, frequência de troncos caídos, microhabitats, cobertura de vegetação herbácea e serrapilheira, circunferência à altura do peito, medida da distância entre as árvores, temperatura e luminosidade). Foi encontrado um padrão de ordenação entre os remanescentes evidenciando dissociação entre eles. Posteriormente, verificou-se que os mesmos diferem em relação às variáveis ambientais. Foram coletadas 555 aranhas distribuídas em 18 famílias e 185 adultos, distribuídos em 30 espécies. A composição e riqueza em espécies diferem entre os remanescentes. Verificou-se que o fragmento menor apresentou uma riqueza reduzida, assim como, maior frequência de espécies generalistas. Sugere-se que a conectividade do fragmento maior está favorecendo a manutenção das espécies, que possivelmente, são mais exigentes, uma vez que a conexão promove a dispersão entre as comunidades. Portanto, ratificamos que a conectividade é um fator importante para a manutenção das comunidades de aranhas de serrapilheira.

Palavras-chave: remanescentes, araneofauna, conectividade e solo.

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Publicado

2021-06-15

Edição

Seção

Artigos