Comparação de comunidades campestres com e sem influência de distúrbios

Autores

  • Ronei Baldissera
  • Leila Fritz
  • Rita Rauber
  • Sandra C. Müller

DOI:

https://doi.org/10.4013/4735

Resumo

O manejo do campo com pastejo e fogo é considerado um dos principais fatores determinantes da fisionomia e composição de ecossistemas campestres. Nesse sentido, pode-se esperar que distúrbios intermediários, não frequentes e/ou intensos, nem ausentes, contribuam para aumentar a diversidade das comunidades campestres pelo relaxamento da exclusão competitiva. O presente estudo analisou o efeito da exclusão de distúrbios em campos do Planalto Sul Brasileiro, no Rio Grande do Sul. Dois campos foram amostrados: um excluído de distúrbios há 16 anos e outro com ocorrência de distúrbios (fogo e pastejo). Em cada área foram utilizadas seis parcelas de 1m2. Dentro de cada parcela foi analisada a composição, a riqueza e a equabilidade da vegetação com base em medidas de cobertura das espécies. A análise dos dados revelou que o campo com distúrbios apresentou maior riqueza e maior equabilidade. Verificou-se diferença na composição das espécies que ocorreram nos dois tipos de campo, com diminuição da dominância de plantas cespitosas no campo com distúrbios. Além disso, as parcelas foram mais homogêneas na área com distúrbios, mostrando baixa substituição das espécies, apesar de elevada riqueza. Conclui-se que a dominância de plantas cespitosas no campo excluído tende a suprimir outras plantas herbáceas, diminuindo a riqueza e a equabilidade. A presença de distúrbios, contudo, mantém as cespitosas com menor tamanho, o que propicia condições para o desenvolvimento de outras espécies herbáceas.

Palavras-chave: manejo de campo, fogo, pastejo, distúrbio intermediário.

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Publicado

2021-06-15

Edição

Seção

Artigos